Nicolas Boileau
Nicolas Boileau-Despréaux (Paris, 1º de novembro de 1636 —
Paris, 13 de março de 1711) foi um crítico e poeta francês. Publicou
seu primeiro volume de sátiras em 1666. Foi apresentado na corte, em 1669, após
a publicação de seu Discurso
sobre a sátira.
Nicolas Boileau-Despréaux (pronunciado: [nikɔla bwalo dɛpʁeo]) era mais conhecido apenas por Boileau. O nome Despréaux
derivava de uma pequena propriedade em Crosne, perto de Villeneuve-Saint-Georges. Era o décimo quinto filho de Gilles
Boileau, escrivão no parlamento
de Paris. Dois dos seus irmãos foram, de alguma forma, distintos: Gilles Boileau (1631-1669),
tradutor de Epicteto; e Jacques Boileau,
que se tornou cónego naSainte-Chapelle, onde foi responsável por algumas contribuições valiosas
na história da Igreja. Ficou órfão de mãe com apenas dois anos de idade. De
constituição frágil, parece ter sofrido bastante com o fato e terá tido alguma
falta de afeto.
Sainte-Beuve ridiculariza
o seu aspecto rígido que se deveria, de resto às circunstâncias pouco
inspiradoras da época. Pode-se dizer que não ficou desiludido com o mundo
porque desde cedo que aprendeu a não ter qualquer ilusão. Cresceu apenas com
uma paixão que lhe movia os atos: "o desprezo pelo livros estúpidos".
Foi educado no Colégio de Beauvais e
continuou os seus estudos de teologia na Sorbonne. Mudou de curso, para direito. A 4 de dezembro de 1656 teve
o seu primeiro caso no tribunal. Depois de um breve período na carreira das
leis, decidiu abandoná-la com desgosto, queixando-se amargamente do meio
judicial. O seu pai morreu em 1657, deixando-lhe uma pequena fortuna, de forma que se pôde
dedicar às letras.
Hermann Broch
Escritor austríaco de etnia judaica, nascido a 1 de novembro de 1886, em Viena. Filho de um industrial do ramo têxtil, recebeu os fundamentos da sua educação a nível privado, e começou depois a estudar em preparação para uma carreira executiva na fábrica do seu pai. Ingressou em 1897 na Real Escola Secundária do Estado, prosseguindo em 1904 para o Instituto Técnico de Manufatura Têxtil, de onde transitou, em 1906, para o Instituto de Fiação e Tecelagem de Mülhausen. Durante a Primeira Grande Guerra serviu como executivo da Cruz Vermelha austríaca, tendo, no entanto, administrado a fábrica da família em Teesdorf.
Pelos cafés de Viena tomou contacto com figuras da intelectualidade austríaca, como Robert Musil, Franz Blei e a jornalista Ea von Allesch, ex-modelo nu, alcunhada de "Rainha do Café Central". Viúva de um pianista inglês morto durante a guerra, o tenente Johannes von Allesch, o seu segundo marido havia tido um colapso nervoso apenas três meses depois do casamento. Broch rompeu com Milena Jesenská, que começou uma relação com o escritor Franz Kafka, para se juntar a Ea, mais velha do que Broch em cerca de onze anos.
Em 1909 tornou-se crítico do Moderne Welt, sobretudo graças aos contactos de Ea, que o encorajou nos seus esforços literários e que lhe escrevia cartas apaixonadíssimas. A relação começou a esfriar em 1927, e Broch envolveu-se então com a sua secretária Anna Herzog.
Ao cabo de muitos anos de trabalho na empresa da família, Broch decidiu, aos quarenta anos de idade, dedicar-se por completo à escrita. Divorciou-se e ingressou na Universidade de Viena como estudante de Matemática, Filosofia e Psicologia, de 1926 a 1930. Em 1927 havia resolvido vender a fábrica.
Aos quarenta e cinco anos de idade publicou o seu primeiro romance em formato de trilogia, Die Schlafwandler (1931-32), que refletia a visão spengleriana dos ciclos históricos e tratava a desintegração dos valores culturais na Alemanha de 1880 a 1820. Com o alastramento do fenómeno Nacional-Socialista, Broch interrompeu a atividade da escrita, colaborando, nos anos de 1937 e 1938, na Volkerbund-Resolution, a resolução para a Liga das Nações.
No mesmo dia da anexação da Áustria à Alemanha pelas tropas alemãs, Broch foi detido para interrogatório. Com receio de poder vir a morrer numa prisão Nacional-Socialista, Broch, auxiliado por James Joyce e outros escritores, conseguiu uma autorização para emigrar da Áustria. Mudou-se primeiro para Londres, depois para a Escócia e, finalmente, para os Estados Unidos da América, onde se estabeleceu em Princeton, no estado da Nova Jérsia.
Por não ser detentor de títulos académicos, foi-lhe negada uma posição fixa nas universidades de Princeton e de Yale. Recebeu, no entanto, bolsas de várias fundações, incluindo a Guggenheim, a Rockefeller, Bollingen, Oberlander, e da Academia Norte-Americana das Artes e Ciências. A partir de 1940 envolveu-se em ajuda humanitária a refugiados, pelo que muito dos fundos que ia recebendo foram parar às mãos de outros refugiados de guerra europeus.
Em 1945 concluiu, nos Estados Unidos, Der Tod Des Vergil, obra constituída por quatro partes, cada uma delas representando um elemento - a água, a terra, o ar e o fogo - e que foi considerada como um dos grandes monumentos da literatura de exílio.
A sua obra caracterizou-se sobretudo pela originalidade formal, por uma certa ambiguidade no conteúdo e pela tentativa de conciliação entre as perspetivas científica e mistico-simbólica de aproximação ao mundo.
Passou os últimos anos da sua vida em torno da Universidade de Yale, no estado do Connecticut. Tornou-se, em 1949, parte do corpo docente do Saybrook College. Faleceu na véspera de uma viagem planeada à Europa, vítima de um ataque cardíaco, a 30 de maio de 1951.
William Styron
William Clark Styron, Jr. (Newport News, Virgínia, 11 de junho de 1925 – Martha's Vineyard, Massachusetts, 1 de novembro de 2006)
foi um escritor estadunidense.
Já quase no final da Segunda Guerra Mundial, Styron alistou-se nos Marines,
mas a rendição do Japão fez com que nem sequer chegasse a sair de São
Francisco. Depois de se formar em 1947, foi trabalhar como editor em Nova
Iorque. O seu primeiro romance, publicado em 1951, trouxe-lhe a aceitação da
crítica e o primeiro de muitos prémios literários.
Em 1967, a publicação deste As Confissões de Nat Turner fez com que fosse alvo de violentas críticas por parte de intelectuais negros e acusado de racismo, o que não o impediu de receber o prémio Pulitzer de Ficção no ano seguinte. Mais tarde viria a escrever A Escolha de Sofia, vencedor do National Book Award em 1980 e um sucesso de vendas, e que deu origem ao filme homónimo com Meryl Streep no papel de Sofia.
Brilhante e controverso em igual medida, as suas obras viriam a ser grandemente influenciado pela mentalidade sulista da terra onde nasceu. Morreu em 2006, vítima de pneumonia.
Em 1967, a publicação deste As Confissões de Nat Turner fez com que fosse alvo de violentas críticas por parte de intelectuais negros e acusado de racismo, o que não o impediu de receber o prémio Pulitzer de Ficção no ano seguinte. Mais tarde viria a escrever A Escolha de Sofia, vencedor do National Book Award em 1980 e um sucesso de vendas, e que deu origem ao filme homónimo com Meryl Streep no papel de Sofia.
Brilhante e controverso em igual medida, as suas obras viriam a ser grandemente influenciado pela mentalidade sulista da terra onde nasceu. Morreu em 2006, vítima de pneumonia.
Manuel Geraldo
Manuel Geraldo, nascido na
Salvada, no concelho de Beja, Manuel Geraldo iniciou a sua carreira
profissional de jornalista no «Diário de Lisboa», onde permaneceu 17 anos,
passando depois pelo «Tal & Qual», «Câmbio 16», em Espanha, «Revista
Alentejana», «Bola Magazine» e «As Pessoas». Desde há muitos anos que assinava
semanalmente o policiário no «Diário do Alentejo». Foi ainda director do
semanário «Gazeta de Lisboa».
Entre os vários livros publicados sobre o Alentejo, a guerra colonial e a área jurídico-policial, destaque para «Emigrados e Ofendidos», «Em Bizango de Bizangongo», «Um Juiz no Alto do Parque», «A Segunda Morte do General Delgado» e «SOS! Será que estou a ficar racista?».
Entre os vários livros publicados sobre o Alentejo, a guerra colonial e a área jurídico-policial, destaque para «Emigrados e Ofendidos», «Em Bizango de Bizangongo», «Um Juiz no Alto do Parque», «A Segunda Morte do General Delgado» e «SOS! Será que estou a ficar racista?».
Faleceu a 01-11-2006 com 63 anos,
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