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Joaninha |
A Joaninha tinha
6 anos, era uma menina alegre, de olhos azuis da cor do céu, de tranças loiras e andava no 1º ano.
Onde se
encontrava havia alegria, sempre de sorriso nos lábios. Na sua boca havia
sempre resposta para tudo.
Certo dia, disse
à mãe. - Mãezinha vou escrever um livro.
A mãe olhou para
ela sorriu e disse. - Joaninha mas tu nem sabes escrever!
- Não sei
escrever, mas sabes tu.
A mãe
surpreendida com a resposta respondeu.
- Mas afinal quem
vai escrever o livro, eu ou tu?
- Eu e tu. Eu
dito e tu escreves.
A mãe baixou os
olhos e riu. Pensou para consigo. “Lá está ela novamente com os seus devaneios,
ainda agora entrou para a escola e já pensa que é uma escritora.
- Podemos começar
mamã.
- Primeiro vais
tomar um banho e depois do jantar podemos escrever umas linhas.
- Mas mamã, as
ideias estão agora a sair e se não saem perco-as.
Nesse momento
chega o pai. Joaninha vai a correr abraçá-lo.
- Papá, papá vou
escrever um livro.
O pai pega nela
ao colo e fá-la rodopiar no ar. Muito ela gostava que o pai a levantasse no ar,
pensava sempre que era uma princesa com asas, e voava, voava………
- Conta-me lá
Joaninha essa tua nova faceta.
- Eu conto, mas a
mãe tem de escrever.
Pai e mãe olham
um para o outro e sorriem.
Joaninha começa então
o seu livro:
Um dia foi tão
longe tão longe que se perdeu do seu castelo. Ao sentir-se perdida Mel parou e
sentou-se em cima de um ramo de uma árvore. Pensava no que havia de fazer, a
noite já se aproximava e ela tinha pânico do escuro.
- Quem és tu, e
que fazes por aqui?
- Eu sou a
princesa Melanie, e não sei onde estou. As lágrimas saltaram dos seus olhos e
corriam pareciam um rio. Um rio gelado se formou aos pés de Mel.
- Pára de chorar,
a continuares assim vais gelar-nos a todos. Diz o beija-flor.
- E agora como
volto para casa? Vai ser Natal e no castelo todos vão ficar preocupados.
- Vamos pedir
ajuda aos animais da floresta para contactarem as renas do Pai Natal.
Neste instante, o
beija-flor começa a entoar uma melodia de inter-ajuda que se propaga por todos
os seus amigos animais.
A mensagem começa
a passar de animal em animal.
- Amigos, vamos
todos ajudar o beija-flor.
Nem mesmo o frio
que se fazia sentir, fez com que os animais não fossem ajudar um amigo. Seguiam
o som da melodia, e o beija-flor não parava de cantar.
Mel estava a
ficar arroxeada de tanto frio que se fazia sentir, ainda mais que as lágrimas que
ela tinha derramado, não derretiam.
Os primeiros
animais a chegar foram os passarinhos a voar e os macacos que saltavam de ramo
em ramo.
Ao vê-la com
tanto frio uma mãe chimpanzé pegou nela ao colo e com o seu corpo aqueceu-a.
Acariciou, afagou e embalou a menina e Mel não sentiu medo, mas sim um carinho
especial pelo enorme animal.
A menina ao
sentir-se quente e feliz adormeceu. O gelo de repente começou a derreter e os
animais deixaram de sentir tanto frio. Os animais da floresta foram chegando
uns atrás dos outros e todos compareceram ao pedido do beija-flor.
Ao longe no céu avistaram
um trenó com nove renas atreladas, a comandar vinha um Senhor de barbas grandes
e branquinhas. Todos os animais gritaram em simultâneo, e um enorme grito se
fez ouvir.
-
Paiiiiiiiiiiiiii Natallllllllllllllllllllllllll aquiiiiiiiiiiiii
O velhinho de barbas
acercou-se da mãe chimpanzé, que continuava com a menina ao colo, toda tapada
pelo seu pelo. Ao visualizar a criança ainda adormecida, a sua beleza mais parecia
uma boneca de porcelana. O animal estende a menina ao Pai Natal.
Melanie acorda e
ao se deparar com o Pai Natal, sorri e agarrada ao seu pescoço, grita. – Pai
Natal existe mesmo!
Melanie conta a
sua história ao Pai Natal e aos restantes animais que tinham chegado enquanto
ela estava adormecida.
O velhinho
carrega a menina para o trenó e fala para os animais, que vai levar a princesa
Melanie ao castelo. A menina ao observar que todos eles a tinham ajudado,
transmite.
– Venham todos
passar o Natal ao castelo, os pais têm muito comer e dá para todos.
Encaminharam-se
todos atrás do trenó para o palácio.
Os Reis muito
preocupados, tinham enviado todos os habitantes do castelo à procura da menina
à população. Mas nada de a encontrarem.
Estavam todos nas
varandas do castelo, quando vêem chegar o trenó do Pai Natal, seguido de um
imenso número de animais.
O trenó parou e o
Pai Natal desceu com a menina ao colo e entrega-a à rainha, que a enlaça num
abraço profundo.
- Filha, minha
querida filha, beija a menina e sem conseguir conter as lágrimas.
Mas a rainha não
conseguiu conter as lágrimas, e estas caiam no solo, e o estranho sucedeu. Em
vez de gelo, nascia um lindo jardim, cresciam lindas flores.
Os Reis
olharam-se e espantados verificaram que tinham sido aqueles animais que vieram
transformar o reino onde viviam.
Era um reino
triste e solitário, onde só existiam eles os três e os subordinados, e todos
eram pessoas deprimidas.
A partir desse
dia os animais eram uma visita constante no palácio.
O Rei abriu também as portas do seu reino às pessoas do povo. Por isso no castelo passou a haver constantemente canto, alegria, divertimento e harmonização.
O Rei abriu também as portas do seu reino às pessoas do povo. Por isso no castelo passou a haver constantemente canto, alegria, divertimento e harmonização.
A Princesa Mel
sempre que se aventurava nos seus voos, ia acompanhada pelos seus amigos
pássaros, assim não havia como perder-se.
A mãe chimpanzé
ficou a viver no castelo, a menina nunca mais se conseguiu afastar dela, havia
uma relação de amor muito grande entre as duas.
A paz e a beleza reinavam
no castelo.”
De repente um
profundo e absoluto silêncio se acerca dos pais e de Joaninha. Estes olham para a menina que sorria caída num puro sono. Os pais olhando um para o outro sorriem, tapam
a Joaninha e apagam a luz do quarto à menina.
Que neste Natal no Mundo, reine
a amizade, o convívio, a alegria, o carinho, a união, a reflexão, a partilha e o amor.
Vamos todos dar as mãos e sermos irmãos, neste mundo de glória e redenção e em Jesus a nossa salvação.
MS
Manuela Santos
MS
Manuela Santos
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