Rudyard Kipling
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1907
Romancista e poeta inglês, Rudyard Kipling nasceu em 1865, em Bombaím, na Índia colonial, filho de um professor de Artes e Ofícios e da cunhada do pintor Edward Burne-Jones, Kipling foi educado por uma aia indiana, que lhe ensinou, pela magia das histórias de encantar, a língua Hindu mesmo antes do Inglês em que viria escrever.
Quando contava seis anos de idade, foi levado pelos seus pais para Inglaterra, que o deixaram, por cinco anos, aos cuidados de um internato em Southsea. O autor, desacostumado das punições físicas tradicionais inglesas, viria mais tarde a exprimir o seu desgosto pelo tratamento em várias partes da sua obra, em particular na sua autobiografia, publicada em 1937.
Em 1878, Kipling deu entrada no United Services College, uma instituição dispendiosa especializada na preparação para a entrada nas academias militares. Mas cedo se desfariam as esperanças quanto a uma carreira militar, não só pelos resultados medíocres que apresentava, mas também pela miopia que o incapacitava e que, junto com o amor aos livros, o ostracizou dos restantes alunos. Nesse período, e com apenas treze anos, escrevia poemas influenciados pelos Pré-Rafaelitas, com quem, aliás, a sua família tinha ligações. Duas das irmãs da sua mãe haviam casado com membros dessa comunidade.
Kipling regressou à Índia em 1882, tendo começado a trabalhar como jornalista para a Civil and Military Gazette, em Lahore. Aí permaneceu durante cinco anos, após os quais tomou o cargo de editor adjunto e correspondente ultramarino para o jornal Pioneer, em Allahabad, até 1889. As histórias escritas durante este período foram recolhidas em The Phantom Rickshaw (1888), e incluíam o famoso conto The Man Who Would Be A King, no qual um negociante branco, Daniel Dravot, se autoproclama rei e senhor do Cafristão, e é bem sucedido até uma mulher descobrir que ele é, afinal, humano, e o entregar à fúria popular. No entanto, o seu companheiro, Peachey Carnehan, consegue escapar para contar a aventura.
Nos finais da década de 80, tendo obtido uma certa popularidade com os seus contos e versos, Kipling regressou a Inglaterra, onde foi acolhido como o sucessor literário de Charles Dickens. Viveu em Londres de 1889 a 1892, e aí publicou Life's Handicap (1891), uma coletânea de contos em que figuraria The Man Who Was, e Barrack-Room Ballads, que reunia poemas como "Gunga Din", um elogio a um aguadeiro hindu ao serviço de um regimento colonial britânico.
Em 1892 casou com Caroline Starr Balestier, irmã de um editor e escritor norte-americano, e com quem colaborou num romance, The Naulahka (1892). O jovem casal foi viver para os Estados Unidos da América mas, desiludido com o Vermont, regressou, após a morte da sua filha Josephine, a Inglaterra, estabelecendo-se em Burwash, no Sussex. A tragédia familiar, agravada pelo facto de não viver um casamento feliz, já que era dominado pela esposa, que se recusava a aceitar o mínimo traço do carácter do autor, resultou numa mudança nas suas convicções políticas que, como próprio, se tornariam mais duras. Esses anos turbulentos refletiram-se em Many Inventions (1893), Jungle Book (O Livro da Selva, 1894), a obra que imortalizaria o escritor, e The Seven Seas (1896).
Recusando as honras que o povo inglês lhe prestava, entre as quais a Order of Merit, Kipling viajou até à África do Sul em plena Guerra dos Bóeres, em 1899, onde Cecil Rhodes, o fundador da Rodésia, lhe ofereceu uma vivenda. Por volta de 1901 publicou Kim, romance que tem sido reconhecido como o melhor do autor. Relatando as aventuras de um filho órfão de um sargento num regimento irlandês estacionado na Índia, aparecem descritos na obra os filhos do próprio autor, como Dan e Una. A morte do seu filho varão John, na Primeira Guerra Mundial amargurou a fase final da vida de Kipling.
Vencedor do prémio Nobel em 1907, foi publicando algumas obras, embora a uma cadência mais demorada. Entre 1922 e 1925 desempenhou as funções de reitor da Universidade de St. Andrews. Faleceu a 18 de janeiro de 1936, em Londres, tendo aos seus restos mortais sido concedida a honra de sepultura no Poet's Corner, na Abadia de Westminster. A sua autobiografia, Something Of Myself, foi publicada postumamente, em 1937.
Luís da Câmara Cascudo
Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 — Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, escritor, antropólogo,
advogado e jornalista brasileiro. Câmara Cascudo passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Faculdade de Direito de Natal, hoje Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujo Instituto de Antropologia leva seu nome.
Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estreia, e Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicouGeografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971), foram editadas postumamente.
Cascudo quase chegou a ser demitido de sua posição como professor por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.
Começou o trabalhou como jornalista aos 19 anos em "A Imprensa", de propriedade de seu pai, e depois passou pelo "A República" e o "Diário de Natal" - nos anos 1960 já havia publicado quase 2.000 textos.
Seymour Melman
Seymour Melman (30 de dezembro de 1917 -
16 de dezembro de 2004) foi um emérito professor estadunidense, conhecido pela sua capacidade em engenharia de produção e
Ele escreveu intensificadamente por 50 anos sobre "conversão econômica", ordenou a transição da produção militar para a civil por indústrias e instalações militares. Autor de The Permanent Wer Economy e Pentagon Capitalism, ele foi um economista, escritor e o precursor do complexo militar-industrial.
Romain Rolland
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1915
Escritor francês, nascido a 29 de janeiro de 1866, em Clamency, e falecido a 30 de dezembro de 1944, em Vézelay, vítima de tuberculose. Foi laureado com o Prémio Nobel em 1915. Doutorou-se em Arte em 1895, foi professor de História da Arte na École Normale de Paris e professor de História da Música na Sorbonne. Para além da sua atividade docente, foi um reconhecido crítico de música. Estreou-se na escrita em 1897 com a peça Saint-Louis, que, juntamente com Aërt (1898) e Le Triomphe de la Raison (1899), fez parte da trilogia Les Tragedies de la Foi (1909). Em 1910 retirou-se do ensino para se dedicar inteiramente à escrita.
Na sua obra concilia o idealismo patriótico com um internacionalismo humanista. Escreveu peças de teatro, biografias (Vie de Beethoven, 1903; Mahatma Ganghi, 1924), um manifesto pacifista (Au-dessus de la mêlée, 1915) e dois ciclos romanescos: Jean-Christophe (10 vols., 1904-1912), "roman-fleuve" (segundo as palavras do autor) consagrado a um músico genial, e L'Âme enchantée (7 vols., 1922-1934). Em 1923, fundou a revista Europe.
e escritor alemão. Sua carreira literária teve início quando o socialismo estava sendo construído na República Democrática Alemã, o lado leste da já dividida Alemanha. Müller é considerado um discípulo e seguidor da obra de Bertolt Brecht. É lembrado como um dos principais autores que refletiram sobre a história recente do país.
Sem comentários:
Enviar um comentário