Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 400
Editor: Marcador
ISBN: 9789897541254
Coleção: Marcador Literatura
Dimensões: 153 x 234 x 29 mm
Encadernação: Capa mole
Coleção: Marcador Literatura
Tipo de Produto: Livro
Sinopse
PORTUGAL.
1892. Na sequência do Ultimato inglês e da crise económica na Europa e em
Portugal, os governos sucedem-se, os grupos republicanos e anarquistas crescem
em número e importância e em Portugal já se vislumbra a decadência da nobreza e
o fim da monarquia.
Os ingleses que permanecem em Portugal não são amados.
O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.
Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa descrição recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família orgulhosamente portuguesa.
Os ingleses que permanecem em Portugal não são amados.
O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.
Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa descrição recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família orgulhosamente portuguesa.
A minha opinião
A capa do livro é encantadora e chamou desde logo a minha atenção.
Já há algum tempo que tinha vontade de ler um livro da
autora. Pela sua maneira de estar, transmitia-me uma certa curiosidade na
maneira de escrever. Adorei a maneira como a Carla nos traçou, desenvolveu e
terminou a história.
O Cavalheiro Inglês é um romance de época, passado nos
finais do século XIX, de leitura rápida, agradável e compulsiva e com uma
escrita fluída, leve, clara, emocionante e envolvente que nos transporta para o
interior das suas páginas.
Fiquei feliz por ver que a autora não me decepcionou em
nada, era mesmo o que estava à espera. Obrigada Carla pela genuinidade, partilha
e por toda a investigação que fez da época e da situação da crise bancária e
económica que estava a acontecer por toda a Europa nessa altura.
A maneira como descreve os cenários, os personagens, as
roupas e os pormenores, marcam pela clareza com que nos elucida. É um livro delicioso
e a autora explorou ao máximo todos os detalhes.
A Sofia fez-me viajar pela época e transportou-me e muito
bem para o interior dos finais do século XIX. Toda a trama é um verdadeiro
enredo do que se passava naquela época onde as mulheres eram de submissão
extrema. A mulher ocupava um papel secundário na família, era submissa e devia
obediência ao homem. Responsável pelo tratamento dos filhos e até no que se
referia à educação esta era posta em segundo plano. A figura feminina não usufruía
de direitos morais nem de autonomia. Mas, Sofia sonhava com os seus ideais e ser
independente.
Sofia era uma jovem da nobreza (na miséria) que
adorava ler, era inteligente, curiosa, corajosa, decidida e audaz. Estava empenhada
em fazer valer a sua voz. Vai dar luta pela sua emancipação durante a história,
porque para ela a "mulher também nasce com cérebro", não era só exclusividade do
homem.
Mas vai passar como se costuma dizer “passar as passinhas
do Algarve” para defesa da sua família e dos seus ideais. Disposta a lutar
contra tudo e contra todos.
O irmão Sebastião (Tião) era um jovem rebelde/revolucionário
que se vai meter em situações complicadas, na origem de movimentos políticos. Apaixonado
por Ludovina sua noiva.
Robert Clarke (cavalheiro inglês) "tinha um olhar azul
como um céu de verão".
Detestei o idiota do duque de Almoster que tanto mal provocou.
Fez-me recordar o livro do Equador embora diferente, aqui
a personagem principal é uma mulher. Que bem conseguida esta história, pois
para me fazer lembrar um livro que adorei, quer dizer que este não se ficou
nada atrás.
Para terminar Recomendo sem reservas a autora Carla M.
Soares Quem tiver o romance na estante, pegue nele, quem não o tiver vá já a
correr adquiri-lo, pois não se vai arrepender.
Sendo o primeiro livro deste ano, refiro que comecei com
nota 10*
Parabéns à Marcador por ter apostado numa autora
portuguesa.
Nasceu em 1971, em Moçâmedes, no Namibe. De lá, trouxe escassas memórias e a viagem no corpo.
Formou-se em Línguas e Literatura em Lisboa, tornou-se professora, mestrou em Literatura Gótica e Film Studies e estudou História da Arte num doutoramento incompleto.
Filha, mãe, mulher, amiga, leitora e escritora compulsiva, viaja pelas letras desde sempre.
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