Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 648
Editor: Quetzal
ISBN: 9789897221910
Dimensões: 150 x 235
mm
Encadernação: Capa mole
07-11-2014
Sinopse
O aborrecimento.
Se há alguém capaz de escrever um grande romance sobre este tema é certamente
David Foster Wallace: o aborrecimento e os seus efeitos sobre o espírito.
Em A Piada Infinita, explorava o entretenimento e o prazer - que obliteram a dor; aqui, em O Rei Pálido, Wallace leva até às últimas consequências a observação e o estudo da tristeza, da monotonia, do tédio. E, para isso, não poderá haver ambiente mais natural e propício do que a Autoridade Tributária, um centro regional de processamento de IRS algures no Midwest. O Rei Pálido foi publicado postumamente e editado a partir dos manuscritos encontrados - doze capítulos prontos e outros ainda em construção -, seguindo-se as anotações do autor ou apenas a lógica interna do texto. A crítica Michiko Kakutani considera este trabalho de Wallace o mais imediato em termos emocionais, e aquele em que o autor se relaciona mais intimamente com a sua dificuldade em navegar a vida de todos os dias. David Foster Wallace numa das notas que deixou afirma:
«A felicidade - uma combinação de alegria + gratidão, a cada segundo que passa, pela dádiva de estarmos vivos, conscientes - encontra-se do outro lado de um aborrecimento absolutamente aniquilador. Prestem toda a atenção à coisa mais entediante que forem capazes de descobrir (declarações fiscais, golfe na televisão) e vão ser inundados por ondas de um aborrecimento como nunca sentiram e que vos vai praticamente matar. Mas, se conseguirem sobreviver a isso, será como passar do preto e branco para a cor. Como água depois de vários dias no deserto. Uma felicidade constante em cada átomo.»
Em A Piada Infinita, explorava o entretenimento e o prazer - que obliteram a dor; aqui, em O Rei Pálido, Wallace leva até às últimas consequências a observação e o estudo da tristeza, da monotonia, do tédio. E, para isso, não poderá haver ambiente mais natural e propício do que a Autoridade Tributária, um centro regional de processamento de IRS algures no Midwest. O Rei Pálido foi publicado postumamente e editado a partir dos manuscritos encontrados - doze capítulos prontos e outros ainda em construção -, seguindo-se as anotações do autor ou apenas a lógica interna do texto. A crítica Michiko Kakutani considera este trabalho de Wallace o mais imediato em termos emocionais, e aquele em que o autor se relaciona mais intimamente com a sua dificuldade em navegar a vida de todos os dias. David Foster Wallace numa das notas que deixou afirma:
«A felicidade - uma combinação de alegria + gratidão, a cada segundo que passa, pela dádiva de estarmos vivos, conscientes - encontra-se do outro lado de um aborrecimento absolutamente aniquilador. Prestem toda a atenção à coisa mais entediante que forem capazes de descobrir (declarações fiscais, golfe na televisão) e vão ser inundados por ondas de um aborrecimento como nunca sentiram e que vos vai praticamente matar. Mas, se conseguirem sobreviver a isso, será como passar do preto e branco para a cor. Como água depois de vários dias no deserto. Uma felicidade constante em cada átomo.»
David Foster Wallace
Sobre o autor
David Foster Wallace é considerado um
dos maiores escritores norte-americanos da sua geração. Professor
universitário, autor de romances, contos e ensaios, destacou-se pelo estilo
inovador que mereceu elogios extasiados da crítica e dos seus pares. A
escritora Zadie Smith disse que Foster Wallace "é tão moderno que parece
habitar um contínuo tempo-espaço diferente do nosso" e para oSunday Telegraph "ainda não inventaram uma palavra para
aquilo que ele faz". O primeiro romance, The Broom of the System, surgiu em 1987,
mas foi com a publicação do colossal Infinite Jest, em 1996, que inscreveu definitivamente o seu
nome na história da literatura norte-americana. Em 2005, a revista Timeincluiu-o na lista dos 100 melhores romances de língua
inglesa desde 1923. Foster Wallace suicidou-se em 2008, depois de uma vida
inteira a lutar contra a depressão. Em 2011 foi publicado postumamente o
romance inacabado The Pale King.
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