Filipe Vieira Branco
Isto é uma biografia informal. Aqui vai. Desde que aprendi a escrever, sempre gostei de brincar com as palavras. Lembro-me que, ainda na escola primária, chegava casa e punha-me a criar finais alternativos ou continuações de estórias que tínhamos lido na sala de aula. Naturalmente, cresceu em mim a paixão de ler. E assim nunca parei de explorar a minha criatividade. Segui para a área de Humanidades no Ensino Secundário, onde aprendi a amar as aulas de História e Português. Estudei depois Ciências da Comunicação na Universidade. Aí, as aulas de Jornalismo, Guionismo, História do Cinema Português e Artes Gráficas, citando apenas alguns exemplos, foram essenciais para aumentar o meu conhecimento mas também permitiram absorver novas técnicas para canalizar a minha criatividade. Ainda assim, não satisfeito, participei em dois workshop de Escrita Criativa. Sempre quis ser escritor, não sabia bem do quê, de qualquer coisa, de um livro, de um filme. Afinal, a escrita sempre foi a minha melhor forma de expressão. E aqui estou eu, a escrever.
Isto é uma biografia informal. Aqui vai. Desde que aprendi a escrever, sempre gostei de brincar com as palavras. Lembro-me que, ainda na escola primária, chegava casa e punha-me a criar finais alternativos ou continuações de estórias que tínhamos lido na sala de aula. Naturalmente, cresceu em mim a paixão de ler. E assim nunca parei de explorar a minha criatividade. Segui para a área de Humanidades no Ensino Secundário, onde aprendi a amar as aulas de História e Português. Estudei depois Ciências da Comunicação na Universidade. Aí, as aulas de Jornalismo, Guionismo, História do Cinema Português e Artes Gráficas, citando apenas alguns exemplos, foram essenciais para aumentar o meu conhecimento mas também permitiram absorver novas técnicas para canalizar a minha criatividade. Ainda assim, não satisfeito, participei em dois workshop de Escrita Criativa. Sempre quis ser escritor, não sabia bem do quê, de qualquer coisa, de um livro, de um filme. Afinal, a escrita sempre foi a minha melhor forma de expressão. E aqui estou eu, a escrever.
Obrigada Filipe pelas simpáticas e gentis palavras com que nos brindou e pelo tempo que nos dispensou.
1) Filipe fale-nos um
pouco sobre si?
É talvez a questão mais
difícil de responder. Há muito para falar sobre mim, mas para quem não me
conhece, posso acrescentar que considero-me um jovem bastante dinâmico e que
está sempre à procura de algo novo para se entusiasmar. Sempre cresci ligado às
artes, como a música e teatro, e isso foi um estimulo para a minha
criatividade, mas procuro sempre conhecer mais, experimentar coisas novas,
visitar outros lugares. Para além disso sou viciado em cinema, desde o mais
independente aos maiores êxitos da ficção científica. E também faço
voluntariado, que é algo que me completa como ser humano e que também é
bastante inspirador para escrever.
2) Quando começou sua
paixão pelos livros e o gosto pela escrita?
Começou muito cedo,
praticamente desde que aprendi a ler e escrever. Na casa dos meus pais e de um
tio muito próximo sempre existiram muitos livros e isso levou-me a procurar a
leitura como passatempo. Depois os meus pais começaram a oferecer-me livros de
uma colecção de contos infantis e o vício de ler cresceu em mim e não mais me
largou. Escrever veio da minha necessidade de muitas vezes imaginar
continuações para as estórias que lia ou de libertar no papel muitos
sentimentos e pensamentos que não conseguia exprimir de outra forma.
3) Antes de publicar
este livro, bateu a várias portas de Editoras?
Sim, ao longo de vários
anos, falei com muitas editoras. Ouvi alguns "não", quase desisti,
mas os meus familiares e amigos incentivaram-me a continuar a lutar por isso e
finalmente cheguei a este ponto em que publiquei o meu primeiro livro.
4) Qual a sensação ao
editar este livro?
A sensação principal é a
de um sonho realizado, aliada também a uma certeza de que a partir de agora
tenho que trabalhar muito e bem para ser reconhecido através desta minha obra e
de futuros projectos que venha a ter.
5) O dia em que nasci é
o seu primeiro romance, como se sentiu ao ser agenciado por uma Editora como a
Capital Books?
Senti uma felicidade
extrema, que nunca tinha vivenciado antes. Como disse antes, falei com várias
editoras, mas o contacto que me pareceu sempre mais certo foi o que fiz com a
Capital Books. E não me arrependi de ter seguido em frente assim, pois fui
muito bem acolhido por esta Editora.
6) Quando terminou de
escrever o livro, qual o sentimento?
Lembro-me perfeitamente
do momento em que escrevi a última frase, porque tive aquele sentimento
derradeiro de que estava a colocar um ponto final numa estória que viveu muito
tempo dentro de mim. Por outro lado, também senti que teria que continuar a
contar algo mais sobre os personagens que criei, e isso algo que pode vir a
acontecer.
7) Qual o seu autor e
livro favorito, segue o seu género literário?
Posso dizer que o meu
livro favorito é o "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, mas
estaria a ser injusto se disser que esse é o meu favorito de todos, pois leio
géneros bastante diferentes e que nem podem ser comparados. Por exemplo, sou fã
de banda-desenhada e há uma obra-prima do génio Frank Miller que considero
também como o meu livro favorito desse género, a novela gráfica "Ano
Um", que conta a estória do aparecimento do Batman. Mas não sigo nenhum
desses géneros literários. O meu livro "O Dia Em Que Nasci" está mais
próximo de algo como "Os Jogos da Fome" (The Hunger Games) ou outros
livros de ficção científica que abordam alguma distopia de um futuro próximo.
8) Já se deparou com
pessoas a ler o seu livro? Se sim, qual a sensação?
Nunca aconteceu "ao
vivo", mas já aconteceu abrir o facebook e ver logo uma fotografia do meu
livro que alguém tinha tirado quando o estava a ler numa esplanada. Senti algo
estranho, como se não fosse real o que estava a ver, por ser tão bom.
9) Como vê o momento
actual da Literatura em Portugal?
Penso que é um momento
em que há muita oferta e pouca procura. Apesar de achar também que o número de
leitores tem aumentado graças ao sucesso massivo de livros que, mesmo não sendo
grandes obras, acabam por atrair novos leitores que depois começam a comprar
outro tipo de livros também. Mas há cada vez mais publicação de livros e surgem
novos autores, o que não é negativo, mas que em termos de número penso ser
muito superior à procura real que existe. O que quero dizer é que, apesar de
não parecer, estamos a viver um bom momento da Literatura mas que é necessário
conseguir chamar mais pessoas para dentro desse "círculo" ainda muito
restrito, é preciso incentivar mais à leitura.
10) Como vê a divulgação
dos bloggers literários?
Os bloggers literários
são fundamentais para ir em direcção aquilo que disse anteriormente, que é
fazer força no incentivo à leitura. Através de um blog, de uma crítica de um
livro por exemplo, pode conseguir-se despertar em alguém uma curiosidade que
seja suficiente para levar à aquisição de uma obra. Se for alguém que não tenha
um hábito muito regular de ler, pode ser que a partir daí nasça um novo vício,
muito saudável, que é o de consumir bastantes livros. Faz bem à alma.
11) Quer deixar alguma
mensagem especial aos seguidores do blog Marcas de Leitura?
Gostaria de agradecer primeiro pela
oportunidade de divulgação com esta entrevista e de convidar os seguidores do
blog a visitarem também a minha página, onde podem conhecer-me melhor como
autor e também como pessoa. E quero sublinhar também que o apoio entre todos,
de leitores para autores e vice-versa, é fundamental para o sucesso desta arte
que é a escrita. Não podemos deixar que esta parte da cultura seja esquecida,
por isso não deixem de seguir este blog literário, contribuam com os vossos
comentários, críticas, opiniões, pois assim poderemos crescer todos em conjunto.
Para já fico-me por aqui e agradeço desde já a sua disponibilidade e simpatia, foi um prazer.
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