Maria Linete Brito Landim Cardoso, nasceu em 1973 em Angola, filha de pais cabo-verdianos, mas desde os seus 3/4 anos que vive em Portugal.
Desde cedo que se associou a um grupo de leitura onde se debatia e trocavam livros, mas a sua paixão pela escrita só desabrochou com o aparecimento do "Vitinho". Nessa altura a D. Inês, sua mãe, introduziu o recolher obrigatório, então, deitada na cama sem um pingo de sono, começou a contar histórias à irmã.
Rapidamente passou da oral à escrita, podendo assim partilhar os seus contos, escritos em cadernos de argolas, não só com a irmã mas também com as amigas do grupo de leitura.
Finalizados os estudos, e sem confiança na estabilidade financeira que a profissão de escritora lhe poderia proporcionar, entrou no mundo da restauração onde progrediu de funcionária de cadeias a, posteriormente, proprietária… no entanto, não era feliz.
Então, em 2005, decidiu seguir o seu sonho e começou a escrever o livro Flores Silvestres, numa altura pouco provável, uma vez que se encontrava casada, com um filho de 2 anos e um trabalho de oito a dez horas diárias…
No entanto com o apoio e incentivo da família, amigos e conhecidos, e contra todas as probabilidades, concluiu e editou o seu primeiro livro em abril de 2013.
Estivemos à conversa com Linete Landim de uma simpatia extrema.
Obrigada Linete foi um prazer J
1) Fale-nos um
pouco sobre si?
Sou uma mulher confiante, dinâmica e apaixonada pela
vida. Tenho 42 anos, sou casada e tenho um filho de
11 anos que é o amor da minha vida.
2) Quando começou
sua paixão pelos livros e o gosto pela escrita?
O gosto pela escrita surgiu da necessidade. Adoro
contar histórias e durante a minha juventude contei inúmeras à minha irmã
Nanda. O problema surgiu quando, por vezes, ela pedia para repetir uma
história. As linhas impressas não se perdem na memória, e assim surgiu a escritora
que há em mim.
3) Neste momento
faz da escrita profissão?
Sim, faço, a par de outra atividade. Torná-la
exclusive ainda é prematuro.
4) Sente-se uma
pessoa romântica?
Há uma romântica em mim, mas sou essencialmente uma
pessoa prática. Tenho sonhos, mas os meus pés estão
sempre bem assentes no chão.
5) Como se sentiu
ao ter conseguido publicar uma trilogia romance/erótico?
Orgulhosa.
Ter escrito e publicado os meus três primeiros livros, fizeram-me acreditar
mais me mim. Sabe aquela sensação de estarmos apaixonados? Aquele sorriso parvo
e borboletas no estômago? Pois bem, eu estou totalmente enamorada pela trilogia
“Vale Ribeiro”. Por mais livros que escreva, esta saga terá sempre um lugar
especial no meu coração.
6) Qual o seu
personagem favorito e de onde surgem, imaginação ou realidade?
Não tenho uma personagem favorita, pois revejo-me em
todas elas, sem no entanto ser nenhuma. Apesar
disso, o Afonso e a Inês ficarão para sempre no meu coração, pois foram o
início de tudo.
7) Já alguma vez se
deparou com pessoas a lerem os seus livros? Se sim, qual a sensação?
Oh,
sim! A primeira vez foi no autocarro e foi a sensação mais estranha que alguma
vez senti. Passei toda a viagem a sorrir, espreitando a reação da pessoa que o
lia. Os outros passageiros devem ter pensado que era tola. Mas enfim, adorei!
8) Qual a sensação,
ao deslocar-se a uma superfície comercial, e ver os seus livros à venda?
Plenitude.
Sinto-me realizada, feliz, completa. Mas aprecio muito mais quando as leitoras
me enviam os seus comentários. Aí, o meu dia eleva-se aos céus.
9) Qual o seu autor
e livro favorito, seguem o seu género literário?
Tenho
vários. Adoro José Rodrigo dos Santos, Madeleine Hunter, Carlos
Luiz Zafon.
10) Quando termina
de escrever um livro, qual o sentimento?
De
uma enorme ansiedade. Quero ver o livro impresso. Quero conhecer as opiniões
dos meus leitores e leitoras. Quero tocá-lo, senti-lo, cheirá-lo.
11) Como vê o
momento atual da Literatura em Portugal?
Literatura em
Portugal vai bem e recomenda-se. Há um maior número de
autores, que chegam a liderar o top de vendas. O problema reside nas grandes
editoras que continuam a apostar mais em autores estrangeiros.
12) Como vê a
divulgação dos bloggers literários?
Como algo genuíno e eficaz. A
par das redes sociais permitem-me dar a conhecer o meu trabalho, sem que para
isso estejam envolvidas centenas de euros, como é o caso das revistas e
televisão. Sempre que sou contactada por um(a) blogger, sei que estou a subir
mais um degrau para o reconhecimento nacional, e quem sabe, porque sonhar é
grátis, para o internacional.
13) Quer deixar
alguma mensagem especial aos seguidores do blog “Marcas de Leitura”?
Sigam
os vossos sonhos. Nunca é tarde para ser feliz.
Obrigada Linete pelas simpáticas e gentis palavras com que nos brindou e pelo tempo que nos dispensou.
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