sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Efemérides 26 Setembro

Luis Fernando Verissimo

Escritor e jornalista, Luis Fernando Verissimo é um dos mais populares e prestigiados cronistas brasileiros. Filho de Erico Verissimo, um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa, Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre, em 26 de Setembro de 1936. Aos 16 anos, foi morar para os EUA, onde aprendeu a tocar saxofone, hábito que cultiva até hoje. Escreve regularmente nos mais importantes jornais e revistas do Brasil e assina uma crónica semanal no Expresso. Entre as distinções e prémios recebidos, estão a Medalha de Resistência Chico Mendes, o Prémio de Isenção Jornalística, o de Intelectual do Ano em 1997 e o Prix Deux Oceans, Biarritz, 2004. É autor de mais de 60 livros, entre os quais livros inesquecíveis como "O Clube dos Anjos", "As Mentiras que os Homens Contam", "Comédias para se Ler na Escola", "A Mesa Voadora", "Sexo na Cabeça" e "O Melhor das Comédias da Vida Privada", que a Dom Quixote muito se orgulha de publicar em Portugal.

Sinopse
Ainda a curar-se da ressaca do fim-de-semana, uma manhã de terça-feira o funcionário de uma pequena editora recebe um envelope branco com letras trémulas. Dentro dele encontra as primeiras páginas de um livro de confissões escrito por uma certa Ariadne, que promete contar a sua história com um amante secreto e, depois, suicidar-se.

Atormentado por sonhos românticos, esse boémio frustrado com o seu casamento e infeliz no trabalho, decide descobrir quem é Ariadne e, se possível, salvá-la da morte anunciada.

Na mitologia grega, ela ajuda Teseu a sair do labirinto. Luis Fernando Verissimo cria uma Ariadne ao contrário, que vai enfeitiçando o protagonista e os seus amigos de bar, os deliciosos e risíveis espiões deste livro. Linha a linha, como um fio costurando a comédia ao drama quotidiano, Verissimo constrói a teia de onde os seus personagens talvez não escapem - um universo alegórico, diabolicamente engraçado e culto, que também captura o leitor até ao final desse enigma.
Críticas de imprensa
«Nunca perdendo o fio da narrativa (muito bem arquitectada com os vários elementos da intriga a encaixarem-se na perfeição), o escritor conseguiu urdir uma história sólida mas leve, alucinante e divertidíssima, onde cabem De Chirico e Sylvia Plath, conspirações e plágios, sequestros e resgates, cemitérios e bordéis, exercícios metaficcionais e crónica de costumes, literatura e futsal. Uma delícia.»
José Mário Silva, Expresso

Sinopse

Luis Fernando Verissimo mergulha nas tentações e prazeres humanos e ensina: perder o controlo é preciso e saudável!
Se civilização é autocontrolo, orgia é a festa ao contrário, a festa do excesso, a euforia sem limite protocolar. Bem, existem orgias e orgias - e é desses vários patamares de prazer e tentações que Luis Fernando Veríssimo fala neste livro.
As traições amorosas podem provocar orgias discretas, dia de semana à tarde, ninguém ficará a saber além dos dois, ou três, ou quatro, ou quantos forem os participantes dos jogos de amor. Vale tudo, nessa orgia; aliás, a boa orgia deve ser sinónimo de anarquia, de entrega total às tentações e aos instintos.
A chegada do reveillon e a sucessão de festas de fim de ano são orgiásticas, a seu modo, quando revertem a posição que normalmente todos ocupam, nos escritórios, para se encenarem como festas em que é preciso desreprimir, festejar, de igual para igual, o ano que se foi e o que virá - quando evidentemente seremos melhores, marcaremos a ida ao dentista e deixaremos de fumar. Enquanto isso, a festa pré-final de ano ganha o seu carácter libertário e, às vezes, libertino também.

Sinopse
«Quantas vezes mentem por dia? Calma, não precisam de responder agora. também não é sempre que se conta uma mentira. Só de vez em quando. Na verdade, quando mentem é porque precisam. Para proteger o outro - e de preferência, a outra. Foi assim com a mãe, a namorada, a mulher, a sogra. Questão de sobrevivência. Tudo pelo bom convívio social. Os homens só mentem, no fundo, para poupar as pessoas, e, sobretudo, para o bem das mulheres.»






Matilde Camus


Matilde Camus nasceu em Santander, Cantabria, a 26 de Setembro de 1919 — Santander, 28 de abril de 2012 foi uma poeta e escritora espanhola.

Yo Soy de la Montaña

Yo soy de la Montaña vertebrada
llena de húmedos pulsos de rocío,
de campos soñadores,
de arroyos cantarines y de ríos;
de casonas hidalgas
y de ruido de albarca en los caminos.
Yo soy de esta vestida tierra herbosa
donde el sol nos envuelve con cariño,
donde la bruma besa nuestros rostros
y las playas se aroman con sus pinos.
Soy de estas costas, duras y norteñas,
donde se encrespa el mar embravecido,
donde hay temblor de algas
bajo espumas de armiño.
Yo soy de la ladera más hermosa
de nuestro litoral santanderino.
Aquí la primavera es voz mojada
rompiéndose en fulgores y estallidos.

T. S. Eliot


PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1948

Thomas Stearns Eliot nasceu em 26 de Setembro de 1888-1965, poeta, crítico e dramaturgo inglês, nasceu em St. Louis, no Missouri. Frequentou a Universidade de Harvard (1906-10), prosseguindo os seus estudos na Sorbonne, onde estudou durante um ano. Regressou a Harvard para estudar filosofia por um período de três anos. Teve como professores George Santayana, Josiah Royce e Bertrand Russel. Uma bolsa de estudo levou-o posteriormente à Universidade de Oxford, onde preparou o seu doutoramento sobre a filosofia idealista de F. A. Bradley e aprofundou os seus conhecimentos de Platão e Aristóteles. A tese de Eliot foi publicada em 1936.Persuadido por Ezra Pound, fixou-se definitivamente em Inglaterra em 1915, naturalizando-se em 1927. Nesse ano converteu-se ao catolicismo; da sua conversão ao movimento católico no seio da Igreja inglesa dão testemunho os seus ensaios reunidos no volume For Lancelot Andrews (1928).De 1917 a 1919 Eliot foi assistente editorial da revista The Egoist. Entretanto, em 1917, foi publicado o seu primeiro livro de poesia, Prufrock and Other Observations , para o qual foi decisivo o apoio de Ezra Pound. O poema The Love Song of J. Alfred Prufrock foi publicado inicialmente na revista americana Poetry em 1915. Em 1917 Eliot escreveu o ensaio Tradition and the Individual Talent , a que se seguiram um segundo volume de poesia ( Poems , 1919), que incluía o poema Gerontion , e uma reedição de Prufrock intitulada Ara vos prec (1920). Depois de lecionar em diversas escolas inglesas, Eliot trabalhou durante oito anos no Lloyds Bank , antes de se tornar diretor da editora Faber (1925). Em 1922, no primeiro número da revista Criterion(que Eliot editou entre 1923 e 1939), foi publicado The Waste Land , o poema mais influente deste século, dedicado a Ezra Pound e posteriormente publicado na Hogarth Press por Leonard e Virginia Woolf. O tema de The Waste Land é a decadência e fragmentação da cultura ocidental, concebida imaginativamente por analogia com o fim de um ciclo de fertilidade natural. O poema divide-se em 5 partes, que não obedecem a uma sequência lógica, e estende-se por 433 versos. A justaposição de símbolos, imagens, ritmos, citações e sequências temporais, contribuem para a dimensão épica do poema e reforçam a sua coerência artística. Considerado um poema controverso desde o momento da sua publicação, The Waste Land marcou o início de uma nova fase na poesia deste século. Eliot só voltou a publicar poesia em 1830, com The Hollow Men ; no mesmo ano publicou Ash Wednesday , o registo poético da conversão do escritor ao catolicismo. As peças The Rock (1934) e Murder in the Cathedral (1935) refletem igualmente a adesão de Eliot à doutrina católica.
O mesmo acontece nos seus dramas posteriores: The Family Reunion(1939), The Cocktail Party (1950), The Confidential Clerk (1954) e The Elder Statesman (1958). Entretanto, entre 1935-42, Eliot produziu nova obra-prima, Four Quartets , publicada num único volume em 1943. Nos poemas que compõem aquela obra, Eliot aperfeiçoou uma linguagem poética própria, adequada às experiências espirituais que esses poemas traduzem. A reputação de Eliot como figura cimeira do Modernismo europeu é indissociável de uma reflexão constante sobre a tradição literária inglesa, sobre a qual escreveu longamente. Os seus ensaios críticos revelam esta preocupação constante com a poesia e a tradição: The Sacred Wood (1920), Homage to Dryden (1924), The Use of Poetry and the Use of Criticism (1933), Elizabethan Essays (1934), Milton (1947), Poetry and Drama (1951), The Three Voices of Poetry (1953), On Poetry and Poets (1957). Entre os seus trabalhos de crítica social contam-se obras polémicas como After Strange Gods (1936), The Idea of a Christian Society (1939) e Notes Towards a Definition of Culture (1948). O seu estilo desafiador está igualmente presente na reflexão sobre os escritores clássicos (Modern Education and the Classics , 1934) e em termos gerais na sua abordagem da literatura. Até ao final da sua vida, Eliot não deixou de se pronunciar de forma crítica sobre a expressão poética enquanto manifestação da consciência moderna. A consistência do seu pensamento e a coerência da sua formulação valeram-lhe um estatuto privilegiado na literatura anglo-americana. Em 1948 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura.

Sinopse
Os "Coros de A Rocha" do Prémio Nobel da Literatura, T.S. Eliot, livro pela primeira vez publicado em Portugal, é uma desconcertante e polémica obra sobre a desolação da vida sem sentido. Com uma mistura típica de ironia e grande dramaticidade, este mestre da literatura do século XX denuncia aqui o "deserto" existencial em que se transformaram as sociedades modernas e interroga o leitor sobre uma possível via de superação.

Sinopse
Eis aqui um livro que é ao mesmo tempo uma série de histórias para crianças, uma colecção de excelentes poemas humorísticos para serem lidos pelos adultos em geral e uma exibição de virtuosismo deste grande escritor T.S.Eliot.
denuncia aqui o "deserto" existencial em que se transformaram as sociedades modernas e interroga o leitor sobre uma possível via de superação.




Sinopse
«T. S. Eliot, por certo um dos maiores e sem dúvida um dos mais influentes dos poetas e críticos modernos, nasceu em 1888, em Saint-Louis, Missouri, descendente de imigrantes ingleses que se haviam estabelecido no Massachussetts, no século XVII. Criado em casa rica e de ambiente culto, formou-se em Harvard, em filosofia, e prosseguiu estudos superiores em Paris, Oxford, e na Alemanha. Estabeleceu-se em Londres, primeiro como professor secundário, e depois como empregado bancário, que durante longos anos foi até passar à direcção de uma grande editorial britânica. A sua estreia poética deu-se em 1915, na revista Poetry, de Chicago, aonde saiu um dos seus mais belos e famosos poemas, The Love Song of J. Alfred Prufrock. Este e outros poemas constituíram, em 1917, o seu primeiro livro. Como crítico e orientador do novo gosto literário, em Londres dirigiu (1917-9) The Egoist, foi principal colaborador (1919-21) de The Athenaeum (o jornal literário em que Pessoa publicou um poema), e fundou e dirigiu a importante revista The Criterion (1922-39). Em 1922, o poema The Waste Land foi um dos mais belos e mais importantes poemas do Modernismo. Sucessivas publicações de poesia culminaram nos Collected Poems de 1936, que o consagraram definitivamente. Entretanto, desenvolvia outra das grandes realizações poéticas modernas, com os Quatro Quartetos, publicados de 1934 a 1942. Um dos renovadores do teatro poético a partir de Murder in the Cathedral (1935), foram também numerosos os seus volumes de ensaios, que lançaram as bases de grande parte da moderna crítica anglo-saxónica e de uma compreensão modernista da poesia. Cidadão britânico em 1927, Prémio Nobel da Literatura em 1947, Eliot morreu em Londres, em 1965.»
Jorge de Sena em «Poesia do Século XX
Críticas de imprensa
"Poucas dúvidas apresentará, a não ser para alguém com um projecto poético muito específico e muito estrangulado (o que pode não o impedir de ser meritório, em poesia é sempre assim) que, ao ter em conta a globalidade poética do século XX, A Terra Devastada de T.S. Eliot é o poema cimeiro deste século."
Joaquim Manuel Maglhães, In Expresso, 25 de Setembro de 2004

Wikipédia:Efemérides/26 de setembro


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