sábado, 28 de fevereiro de 2015

Efemérides 28 de fevereiro

Michel de Montaigne

Michel Eyquem de Montaigne (Castelo de Montaigne28 de fevereiro de1533 — 13 de setembro de 1592) foi um jurista, político, filosofo, escritor,cético e humanista francês, considerado como o inventor do ensaio pessoal. Nas suas obras analisou as instituições, as opiniões e os costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua época e tomando a generalidade da humanidade como objecto de estudo.
Ele criticou a educação livresca e mnemônica, propondo um ensino voltado para a experiência e para a acção. Acreditava que a educação livresca exigiria muito tempo e esforço, o que afastaria os jovens dos assuntos mais urgentes da vida. Para ele, a educação deveria formar indivíduos aptos ao julgamento, ao discernimento moral e à vida prática.

Karl Maria Kertbeny

Karl-Maria Kertbeny ou Károly Mária Kertbeny 
(baptizado como Karl-Maria Benkert) (28 de Fevereiro de 1824 – 23 de Janeiro de 1882) nasceu Viena, na Áustria, filho de um escritor e uma pintora. Foi um jornalista austro-hungáro, escritor, poeta e activista dos direitos humanos, conhecido por ter criado a palavra homossexual. A família Benkert mudou-se para Budapeste quando Karl-Maria ainda era uma criança — ele sentia-se em casa tanto na Áustria, como na Hungria e na Alemanha.



Alphonse Marie Louis de Prat de Lamartine (Mâcon21 de outubro de1790 - Paris28 de fevereiro de 1869) foi um escritorpoeta e político francês. Seus primeiros livros de poemas (Primeiras Meditações Poéticas1820 e Novas Meditações Poéticas1823) celebrizaram o autor e influenciaram o Romantismo na França e em todo o mundo.







Henry James (Nova York15 de abril de 1843 — Londres28 de fevereiro de 1916) foi um escritor norte-americano, naturalizado britânico em 1915. Uma das principais figuras do realismo na literatura do século XIX. Autor de alguns dos romancescontos e críticas literárias mais importantes da literatura de língua inglesa.
Filho do teólogo Henry James Senior e irmão do médicofilósofo e psicólogo William James.


Camillo de Jesus Lima

Camillo de Jesus Lima (Caetité8 de setembro de 1912 















sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Entrevista a Megan Maxwell, autora de uma vasta colectânea de êxitos literários

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Guia das Tascas, Tabernas e Casas de Fado de Portugal de Orlando Leite

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 256
Editor: Marcador
ISBN: 9789897541186
Dimensões: 155 x 235 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática:
Livros em Português
Gastronomia e Vinhos > Culinária
Pré-lançamento - envio a partir de 03-03-2015



Sinopse
Neste livro, Orlando Leite percorre novamente o país de norte a sul, sem deixar de passar pelas ilhas, oferecendo-nos uma recolha exaustiva, descritiva e cheia de humor desses lugares de culto, cintilantes pérolas e autênticos vestígios de um país sem igual e que vale a pena descobrir. Tascas, Tabernas e Casas de Fado são um ponto de encontro, lugares essencialmente de lazer, mas também de negócios, onde se ouve cantar e onde se poder beber um «copito» ou comer um «petisco». O encontro na taberna para comer, beber e trocar impressões sobre a vida e o quotidiano é uma tradição social de longa data e que se perde no tempo.




Sobre o autor

Orlando Leite
Orlando Leite, 56 anos, licenciou-se em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico tendo posteriormente optado pela carreira de jornalista na área da Cultura. Colaborou com os jornais Semanário, O Independente, 24 Horas, Jornal I, revista Magazine Artes.



No Meu Canto Todos temos o direito de ser felizes! Rita Guerra


«O que é que eu tenho para contar? O meu percurso de vida. Tenho uma batalha constante para partilhar. Sobretudo com as mulheres, mas também com os homens
(aprendemos todos uns com os outros).
Já sofri agressões físicas, já vivi presa em casa, fechada à chave e proibida de falar com a minha família. Sei o que é viver sob ameaças e acordar e deitar-me com medo –
daquele que paralisa. Sei o que é a violência e sei o que é o medo. E sei que são inseparáveis.
Foram precisos muitos anos até ser capaz de dizer:
«Não. Chega.» Mas quando se aprende não se esquece.»

Rita Guerra, em No Meu Canto, autobiografia que acaba de lançar com a Oficina do Livro

Leia o primeiro capítulo na LeYaOnline (
http://ow.ly/JIuSE )



O Passo Constante das Horas de Justin Go

O Passo Constante das Horas
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 464
ISBN: 9789722528238
Dimensões: 150 x 235 x 40 mm
Encadernação: Capa mole
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: 
Livros em Português
Literatura > Romance
Pré-lançamento - envio a partir de 20-03-2015


Sinopse
Em 1924, Ashley Walsingham morre ao tentar escalar o Evereste, deixando a sua fortuna a Imogen com quem teve um romance mas a quem não vê há sete anos. A herança nunca chega a ser reclamada.
Em 2004, Tristan recebe uma carta de uma firma britânica que levanta a hipótese de ser ele o herdeiro direto da imensa fortuna de Ashley. Se Tristan conseguir provar que é descendente de Imogen, a herança será sua. Mas tem apenas algumas semanas antes que o prazo legal para o fazer. Dos arquivos de Londres aos campos de batalha do Somme e aos fiordes da Islândia, passando por Berlim e sul de França, Tristan tenta juntar as peças da história por detrás da fortuna por reclamar: um intenso romance dias antes de Ashley ser enviado para a Frente Ocidental e uma ousada expedição ao cume incógnito da montanha mais alta do mundo. Seguindo um rasto de pistas pela Europa, Tristan é consumido pela história de Ashley e Imogen. Mas ao aproximar-se da verdade, percebe que talvez ande à procura de algo mais do que uma fortuna.



Sobre o autor

Justin Go nasceu em Los Angeles e estudou nos Estados Unidos e em Londres. Viveu em Paris, Londres, Nova Iorque e Berlim.
O seu romance de estreia,
 O Passo Constante das Horas, foi traduzido para mais de vinte línguas e o autor encontra-se neste momento a escrever o seu segundo livro.





Entrevista a Carla M. Soares, autora de "O Cavalheiro Inglês"

Carla M. Soares, nasceu em 1971, em Moçâmedes, no Namibe. De lá, trouxe escassas memórias e a viagem no corpo.

Formou-se em Línguas e Literatura em Lisboa, tornou-se professora, mestrou em Literatura Gótica e Film Studies e estudou História da Arte num doutoramento incompleto.

Filha, mãe, mulher, amiga, leitora e escritora compulsiva, viaja pelas letras desde sempre.








Bom dia Carla, desde já obrigada por nos ter cedido alguns minutos do seu tempo.

1) Carla,como começou a paixão pela literatura?

Leio desde que me lembro.Quando era miúda, havia muitos momentos em que preferia ficar a ler no meu cadeirão vermelho, do que brincar. Nenhum livro durava nas minhas mãos, pelo que o que os meus pais me compravam de duas em duas semanas não chegava, nem Os Cinco, nem a colecção Patrícia…. Acabei por ler, entre os 9 e os 15 anos, quase tudo o que havia lá por casa, incluindo alguma coisa de Eça de Queirós, Júlio Dinis e outras distribuições do Círculo de Leitores … Li o Servidão Humana aí aos 11, 12 anos e, quando voltei a lê-lo, apercebi-me de que tinha adorado sem perceber nadinha… Tudo isto para dizer que a paixão é mesmo muito antiga, se calhar nasceu comigo, e foi bem alimentada em criança.

2) Quando e como surgiu o gosto pela escrita?

Na adolescência tinha um diário terrivelmente embaraçoso e escrevia uns contos horríveis.No final da adolescência, escrevi poesia. Depois percebi que tudo era mau, mesmo mau, e parei. Cresci, aprendi, li, li, li o que tinha que ler para o curso e o que me apeteceu. Já era adulta, profissional e mãe quando, ao terminar a leitura de um mais um livro de fantasia (não sei se terá sido Tolkien, Ursula LeGuin  ou Juliet Marillier), tinha história na minha cabeça e quis saber se tinha fôlego para levá-la até ao fim. Foram mais de 300 páginas, acabadas durante um surto de varicela em minha casa – que eu também tive, aos 33 anos! Ainda adoro essa história, A Dama do Rio. Nunca mais parei, embora tenha mudado alguma coisa.Mas isso é inevitável, não é? E bom.

3) Faz da escrita a sua profissão ou não?

Não, não faço, nem acredito que venha a fazer.Creio mesmo que, por cá, isso é para uma meia dúzia de autores, uns felizardos que conseguem aquilo que a maioria dos que escrevem (os que escrevem bem, mais ou menos e mal) sonham. Sou professora, que é do que vivo e me ocupa quase todo o tempo – e ocupa mesmo muito tempo, ao contrário do que uma grande parte das pessoas pensa – e escritora nos tempos livres. Escreveria mais, e se calhar melhor, se tivesse mais disponibilidade…

4) De onde surgem os seus personagens, imaginação ou realidade?

A generalidade das personagens são imaginárias, embora nos livros com base histórica surjam algumas figuras secundárias que um dia foram alguém no panorama português. No entanto, creio que não há nenhuma personagem que não cresça do conhecimento que temos do mundo e dos outros e, por isso, todas contêm pedacinhos de nós e de gente que fomos conhecendo, no mundo real ou noutros livros, de arquétipos e valores essenciais e de sentimentos autênticos, bons, maus e mais ou menos, porque o mundo não é preto e branco. Se assim não fosse, as “pessoas” nos livros seriam provavelmente unidimensionais e pouco credíveis.

5) Dos livros que já escreveu, qual o seu personagem favorito?

Não estou certa de saber responder a isso. Tenho que sentir alguma coisa pelas personagens no momento da escrita, ou não consigo escrever sobre elas, ter empatia.Favoritos?Neste momento, Noam, o protagonista, e mais ainda Eivi, uma rapariga muito combativa, ambos do livro de fantasia que estou a rever agora, apenas porque sim. É o meu livro do coração, e não tenho um motivo para isso, nem preciso. É como comfort food, ataco-o sempre que preciso de ânimo…

6) Já alguma vez se deparou com alguém a ler um livro seu? Se sim, como se sentiu?

Há dias, quando entrei numa pequena livraria, vinha a sair uma senhora que tinha acabado de  comprar o último exemplar de O Cavalheiro Inglês, e, segundo a livreira, tinha-o deixado encomendado. Noutra ocasião, uma funcionária da escola veio dizer-me que, ao seu lado no transporte público, vinha uma pessoa a ler o Cavalheiro… É uma sensação mesmo muito boa! Muito boa.

7) Qual a sensação, ao deslocar-se a uma superfície comercial, e ver os seus livros à venda?

Fantástica, sobretudo se estão de alguma forma em destaque! Numa montra é delicioso, embora me dê também uma certa timidez… Também gosto de saber que já houve e já não há, embora fique sempre a pensar se a livraria pedirá ou não a reposição…

8) Quando está a escrever um livro partilha a história com alguém para se orientar?

Não. Por vezes, partilho excertos, se mais insegura, apenas para saber se suscita curiosidade, se vou no bom caminho, mas não a intriga completa. No fim, quando encerro a primeira versão, encontro em geral algumas pessoas que o leiam e opinem com honestidade, para depois passar às várias revisões que o livro costuma ter.

9) Qual o seu autor e livro preferido?

Pergunta que, ou me deixa em branco, ou me traz uma enxurrada de nomes e títulos. Nem tenho um género favorito! Leio com o mesmo prazer um contemporâneo ou um romance de época, um livro policial ou um livro romântico, um de fantasia ou algo realista, se bem escritos e coerentes.Só excluo definitivamente os livros de auto-ajuda ou espirituais, para os quais não tenho a menor paciência, e, em geral, os relatos dramáticos da vida real.Para esses, prefiro as notícias. Alguns livros que me deram muito, muito gosto ler… por exemplo, A Sombra do Vento, Cem Anos de Solidão, O Senhor dos Anéis, A Virgem das Amêndoas, Rama, Manhattan Transfer, A  Filha da Floresta, A Cidade e as Serras, A Centelha da Vida, A Tábua da Flandres, A Boneca de Kokoshka, O Monte dos Vendavais, O Palácio da Lua, A Tenda dos Milagres, Patagonia Express, A Mulher-Casa… E com estes, deixei tantos, tantos de fora!

10) Segue o género literário do seu autor preferido, ou adopta outro?

Nisto remeto para a resposta anterior.Não tendo um género favorito, menos ainda um autor favorito, não posso seguir esse género. De qualquer forma, gosto de ter uma voz própria, reconhecível, mas incomoda-me um pouco a ideia de um dia me ver formatada ou repetitiva. Só tenho publicado textos com uma componente histórica, de época, mas o A Chama ao Vento tem uma parte contemporânea e tenho fantasia na “gaveta”.Foi, aliás, por onde comecei e de quando em quando regresso a ela.Gostaria de um dia publicar algo desse género.

11) Quando termina de escrever um livro, qual a sensação?

Com tem que ter um fim, tem dois; quando acabo o primeiro esboço, ou seja, fecho o essencial do enredo, e quando encerro as revisões, o que para mim só acontece quando a editora diz “tem que ficar pronto dia X”. Até aí, todos os originais estão sujeitos a revisões ocasionais, com a pequenas (ou grandes) alterações e correções linguísticas.Uns têm tido mais, outros menos.O Cavalheiro teve muito pouca, por exemplo.A sensação é, ao mesmo tempo, de alívio, “está feito”, e de insatisfação, porque para mim há sempre alguma coisa que podia, devia, queria melhorar.E é por isso que fujo a ler o que já publiquei e não posso alterar!

12) Como vê o momento actual da Literatura em Portugal?

No seu conjunto, diria que a oferta literária nacional é actualmente muito interessante, há excelentes autores entre os que têm anos de experiência e os mais recentes,que têm vindo a confirmar a sua qualidade nos últimos anos (estou a pensar, por exemplo, no Afonso Cruz) e que há bons autores de géneros diversificados a chegar ao mercado. O português, porém, tem tendência para desconfiar do que é nacional, sobretudo se não for consagrado ou premiado…Para além disso, o público português ainda lê pouco, pelo menos é o que indicam as estatísticas e o que verifico sempre que ando de transportes públicos – poucos têm um livro na mão. Tenho alguma esperança nos mais jovens, que vejo com mais frequência a ler do que há uns anos, talvez estimulados pelo facto de haver uma literatura jovem muito direcionada para eles… quase toda internacional.
Diria também, na perspectiva do autor pouco conhecido,que é muito difícil“romper” a barreira, não só a da primeira publicação, mas a da segunda também.  A maioria das editoras prefere apostar essencialmente no que possa assegurar vendas com um mínimo de promoção, ou seja, em autores de sucesso comprovado, nacionais ou internacionais.  Felizmente, ainda escapam a esta perspectiva algumas editoras, que vão arriscando novos nomes e lhes permitem o tempo para adquirir o seu público e crescer, mesmo que não sejam sucessos de vendas estrondosos no romance de estreia…Num mercado que desconfia dos seus autores, raramente uma primeira obra é best seller, com a excepção de algumas (raras) obras excepcionais ou excepcionalmente bem promovidas.

13) Como vê a divulgação dos bloggers literários?

Julgo é bastante importante neste momento, sobretudo para autores recentes, com pouca penetração no mercado através de outros meios, como revistas, jornais, TV, etc, e que algumas editoras começam a ter essa noção. Todavia, por vezes interrogo-me se não será um pouco o efeito de pescadinha de rabo na boca, se os bloguers literários não falarão um pouco uns para os outros – ou todos para os mesmos leitores, os que apreciam as blogosfera e seguem vários blogues. Essa talvez fosse uma questão interessante de ver discutida, não apenas por bloguers, mas por seguidores e leitores em geral. Quem, afinal, faz escolhas seguindo opiniões de blogues (e, já agora, do Goodreads?)

14) Quer deixar alguma mensagem especial aos seguidores do blog Marcas de Leitura?

Ler enriquece o coração e o intelecto, ajuda a compreender este mundo doido e deixa-nos fugir dele de vez em quando, por isso leiam muito e bem, leiam romances, contos, manga, poesia, leiam o que quiserem, sem vergonha ou preconceito – é tão fácil tê-los! Leiam o que vos traz conhecimento, o que desafia e estimula, ou o que traz conforto, leiam 

Para já fico-me por aqui e agradeço desde já a sua disponibilidade e simpatia.
Muito obrigada Carla, desejo-lhe os maiores sucessos!