quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Efemérides 10 de dezembro

Clarice Lispector


Clarice Lispector nasceu a 10 de dezembro de 1920 na Ucrânia, então em vias de integração na URSS. Os pais eram judeus e o seu nome de baptismo Chaya Lispector.
A família fora vítima dos pogroms, particularmente intensos a partir de dezembro de 1918. Foi para fugir à devastação da guerra civil que os Lispectors emigraram para o Brasil em 1922, fixando-se primeiro em Maceió e depois no Recife.
Clarice, nome adoptado no Brasil, demonstrou um precoce interesse pelas palavras. Dava nomes aos azulejos, às canetas e lápis e inventava jogos de frases para a mãe, paralisada pela doença.
No Recife, Clarice ajudava a família dando explicações de Português e Matemática, roubava rosas e rodeava-se de gatos.
Desde o início, o seu estilo de escrita foi marcado por uma linguagem intimista e uma sintaxe excêntrica. Nos contos que enviava para o Diário de Pernambuco nunca iniciava as histórias por «Era uma vez...».
Foi nessa época que Clarice leu alguns dos autores qua a iriam influenciar, como Machado de Assis e Monteiro Lobato. O Lobo das Estepes, de Hermann Hesse, e Crime e Castigo, de Dostoievski, emocionaram-na.
Em 1933 decidiu ser escritora. «Quando conscientemente, aos treze anos de idade, tomei posse da vontade de escrever - eu escrevia quando era criança, mas não tomara poss de um destino - quando tomei posse da vontade de escrever, vi-me de repente num vácuo.»
A mãe de Clarice faleceu em 1930. Cinco anos depois, a família, em dificuldades económicas, deslocou-se para o Rio de Janeiro.
Depois de ter frequentado uma escola de bairro, Clarice foi admitida na Faculdade de Direito. Era então uma rapariga de cabelos claros, com uma pronúncia estranha e uma insólita beleza.
O pai, Pedro Lispector, faleceu em 1940, de uma banal operação à vesícula. Pouco depois, Clarice iniciou a sua actividade como jornalista na Agência Nacional, onde conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou e a quem tentou em vão "salvar" da homossexualidade.
Em março de 1942, sob a influência das leituras de Espinosa, Clarice começou a escrever Perto do Coração Selvagem. O livro, publicado em 1943, agitou a literatura brasileira, marcada pelo realismo de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Jorge Amado.
É então que Clarice Lispector decide casar com um colega de faculdade, Maury Gurgel Valente. Como este seguia a sua carreira diplomática, Clarice deixa o Rio por duas décadas. Separa-se das duas irmãs, afasta-se dos escritores seus amigos e dos leitores. Conhece a monotonia da vida diplomática, primeiro em Nápoles, depois em Berna e Washington.
Clarice teve dois filhos nesse período de afastamento do Brasil. Foi para eles que escreveu livros como A Vída Íntima de Laura e A Mulher Que Matou os Peixes.
Em 1959, separa-se de Maury para poder regressar ao Rio. Continua «luminosa e inacessível» e conhece dificuldades financeiras, apesar de se ter tornado, depois de Laços de Família (1960), A Maçã no Escuro(1961) e A Paixão Segundo G. H. (1964), uma escritora de culto.
A fama chega-lhe através das crónicas do Jornal do Brasil. Mas esse é também um tempo de tragédia. Sofre graves queimaduras num incêndio do seu apartamento e a esquizofrenia do filho mais velho agrava-se.
«Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida», diz em Um Sopro de Vida, a sua última obra.
Dá a sua última entrevista para a televisão em fevereiro de 1977, já gravemente doente. Morre em 9 de dezembro desse ano na sua cidade, o Rio de Janeiro.













Diogo de Couto

Diogo de Couto (ca. 1542 — Goa10 de Dezembro de 1616) foi um historiador escritor português.













PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1934
Foi um grande renovador do teatro, com profundo sentido de humor e grande originalidade. Suas obras mais famosas são: Seis personagens à procura de um autorAssim é, se lhe pareceCada um a seu modo e os romances O falecido Matias Pascal, "Um, Nenhum e Cem Mil", "Esta Noite Improvisa-se", etc.
Sua primeira peça de teatro foi O Torniquete escrita entre 1899 e 1900 e encenada pela primeira vez em 1910.
Recebeu o Nobel de Literatura de 1934.
Dramaturgo, romancista e contista italiano, nascido a 28 de junho de 1867, em Girgenti (Agrigento), Sicília, e falecido a 10 de dezembro de 1936, em Roma. Estudou na Universidade de Roma e fez o doutoramento em Filologia Românica na Universidade de Bona, na Alemanha, em 1891. Iniciou a sua carreira de escritor já em Roma e foi professor de Literatura Italiana. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1934. Ficou conhecido sobretudo como um grande inovador do drama moderno. De entre as suas peças destacam-se: Il piacere dell'onestà (1911), Cosí è (se vi pare) (1918), Una e due (1921), Enrico IV (1922),Lazzaro (1929) e, em particular, Sei personaggi in cerca d'autore (Seis Personagens em Busca de Autor, 1921).






Emily Dickinson

Emilly Elizabeth Dickinson (Amherst10 de dezembro de 1830 - 15 de maio de 1886) foi uma poetisa americana, considerada moderna em vários aspectos da sua obra.
Ignorada no seu tempo e até às primeiras décadas do nosso século, é hoje reconhecida como um dos maiores vultos da literatura norte-americana. Uma vida de isolamento literário, marcada pela exclusão gradual do seu círculo de amigos e por uma existência retirada num mundo muito próprio, restringe a fragmentos os seus dados biográficos. Uma escrita enigmática, assente em construções elípticas e num sentido a descobrir, próximo do aforismo, caracterizam o seu universo poético. A confluência da sua vida e obra cativa-nos pelo paradoxo, e é na busca da revelação que radicam o prazer da leitura e o interesse do estudo da poesia dickinsoniana».ickinson (1830-1886),








"Desejo a vocês e as suas familias um Feliz Natal,com amor,paz,alegria e união.

Para o ano novo, desejo que...

"...se for pra fazer guerra, que seja de travesseiro.
Se for pra ter solidão, que seja no chuveiro.
Se for pra perder, que seja o medo.
Se for pra mentir, que seja a idade.
Se for pra matar, que seja a saudade.

Se for pra morrer, que seja de amor.
Se for pra tirar de alguém, que seja sua dor.
Se for pra ir embora, que seja a tristeza.

Se for pra chorar um dia, que seja de alegria.
Se for pra cair, que seja na folia.
Se for pra bater, que seja um bolo.
Se for pra roubar, que seja um bolo.
Se for pra matar, que seja de desejo."



Thomas Merton (Prades31 de janeiro de 1915  — Bangcoc10 de Dezembro de 1968) foi um escritor católico do século XX. Monge trapista daAbadia de GetsêmaniKentucky, ele foi um poetaactivista social e estudioso de religiões comparadas. Escreveu mais de setenta livros, a maioria sobreespiritualidade, e também foi objecto de várias biografias.









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