terça-feira, 4 de agosto de 2015

Delenda Moçambique de Maria Antonina Magalhães (Outubro de 2015)

Delenda Moçambique

Sinopse

Se por um lado Machel falava num Moçambique para todos, sem distinção de cores, desde que cada um se identificasse com a linha da Frelimo, por outro lado o ardor das suas palavras contra o branco, visando sempre com afincada insistência os missionários e as religiosas; o rancor que lhe vibrava na voz quando se referia aos portugueses, levantava uma tremenda suspeita. O homem estava a preparar-se e a preparar o povo para enxotar o branco. Era evidente que o queria fora de Moçambique. Isto começou a criar em certos espíritos, a insegurança, o receio do futuro.

Estamos longe: só pelos jornais se sabe, e mal, o que por lá se vai passando. Sabe-se, porém, que a população negra está na miséria e sofre agora os efeitos da guerra com a Rodésia, uma guerra que não é sua. Não há paz, nem felicidade. Em contrapartida, há fome e perseguições. Os campos de reeducação, ou antes, de trabalhos forçados, estão cheios.
A história dirá se os Podgornys e os Castros trouxeram ao povo moçambicano a felicidade e o progresso que ele esperava, quando sacudiu das suas fronteiras o português “colonialista e opressor”...
Novos e velhos dirão depois se ganharam com a troca...
Leiria, agosto de 1977


Sem comentários:

Enviar um comentário