sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O Faroleiro do Tempo de Maria Manuel Guerreiro (Setembro de 2015)

O Faroleiro do Tempo

Sinopse

“(...) as horas voltaram, ofegantes, para se juntarem ao tempo como se fossem membros inferiores que se reposicionam num tronco humano permitindo-lhe recuperar a perfeição física e o mecanismo sistemático de contagem da vida medida em passos dados por cada segundo. (...)”
“(...) Pois não se magique que é num tremeluzir de olhos que se percorre o trilho que nos faz desembocar diretos à porta da revelação. (...)”
“(...) Motivo pelo qual se queixavam as ideias de não terem um corpo físico onde se instalar. (...)”
“(...) as pessoas em causa, fartas de ideias quadradas e carentes de conceções redondas, começaram a juntar os seus semicírculos para formar círculos totais, a forma mais que perfeita. (...)”
“(...) pois quando pretendo abandonar os locais metade de mim já saiu. Dizia, também em meias palavras, com o fito de aforrar vocábulos. (...)”
“(...) Mas, se do umbigo se soltam os homens à nascença não se compreende porque a ele haverão de voltar. Uma vez insuflada a vida, gerado o ser e cortado o anexo, concede-se ao homem a alforria amniótica para seguir o seu caminho, num tempo próprio, único, cronológica e historicamente. (...)”

Nasceu em Serpa, no baixo Alentejo. Cresceu com a graça de acreditar na possibilidade de ser feliz, e ainda que afirme saber que tal compromisso de ideal ressoa a lugar-comum garante investir nele algum tempo. É da sua natureza aspirar, em primeiro lugar, a ser mais humana do que qualquer outra coisa na vida. Na tentativa de conjugar o seu lado mais idealista com a sua faceta mais racional e analítica licenciou-se em Direito, também por acreditar que é possível fazer justiça e por gostar do desafio intelectual que o direito lhe propõe. Exerceu advocacia, tendo percebido rapidamente que não estava por ali o pote de cor que dá ritmo ao arco-íris.
Atualmente exerce funções como jurista, profissão que diz gostar porque lhe espicaça o raciocínio lógico. Pelo caminho, já foi jornalista e publicitária, copywriter. Assim como vê virtudes em todas as estações do ano também tem múltiplos interesses e crê que a vida é uma convocação permanente a fazer perguntas e procurar respostas. Pinta (ainda que «deficientemente», diz) e faz assemblage para se divertir e porque gosta de recrear o mundo em jogos cromáticos e de usar os objetos para um destino com o qual «eles», os materiais, não contavam. Quanto a escrever diz que tem um longo caminho a percorrer mas que, para já, se este livro tiver a capacidade de inflamar alguma emoção, curiosidade e descoberta ao leitor é um bom começo para a sua história.


Sem comentários:

Enviar um comentário