quinta-feira, 21 de maio de 2015

Hotel Sunrise de Victoria Hislop (opinião)

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 352
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04730-4
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 235 x 24 mm
Encadernação: Capa mole
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: 
Livros em Português
Literatura > Romance
Poderão ler as primeiras páginas aqui


Sinopse
Famagusta, no Chipre, é uma cidade dourada pelo calor e pela sorte, o resort mais requisitado do Mediterrâneo. Um casal ambicioso decide abrir um hotel que prime pela sua exclusividade, onde gregos e cipriotas turcos trabalhem em harmonia.

Duas famílias vizinhas, os Georgious e os Özkans, encontram-se entre os muitos que se radicaram em Famagusta para fugir aos anos de inquietação e violência étnica que proliferam na ilha. No entanto, sob a fachada de
 glamour e riqueza da cidade, a tensão ferve em lume brando…

Quando um golpe dos gregos lança a cidade no caos, o Chipre vê-se a braços com um conflito de proporções dramáticas. A Turquia avança para proteger a minoria cipriota turca e Famagusta sucumbe sob os bombardeamentos. Quarenta mil pessoas fogem dos avanços das tropas.

Na cidade deserta, restam apenas duas famílias. Esta é a sua história.



A escrita de Victoria Hislop é simples, directa, clara, melodiosa e cativante.
A leitura deste livro é envolvente, chocante, dramática, emocionante e fluida. Este é o quarto livro que leio da autora e todos guardo com carinho.

Esta narrativa transporta-nos numa viagem pela cidade de Famagusta no Chipre. Uma cidade plena de turismo, cheia de turistas vindos de todo o mundo, praias belíssimas, e variadíssimos hotéis ultramodernos, mas um destacava-se dos outros, era mais alto e com o dobro da largura, era simplesmente deslumbrante e maravilhoso. Uma cidade em que tudo crescia, cheia de novos projectos, investimentos e riquezas. Tudo era brilhante, belo, glamouroso e deslumbrante nesta cidade. Mas como não há bela sem senão com o golpe militar turco, tudo se desmorona.

A história situa-se em duas partes, na “dourada” antes do golpe militar e depois de 1974 após o golpe de estado em que tudo lentamente vira ruína. Famagusta tornou-se uma cidade fantasma os habitantes e turistas fugiram apenas com as roupas que tinham no corpo, deixando todos os bens para trás, as construções foram abandonadas e tudo virou um caos.

Esta é a história das famílias Georgious e os Özkans que se vão unir e tentarem aguentar-se sem abandonar a cidade, a partir daqui vamos assistir à luta pela sobrevivência destas duas famílias.

A forma como a autora nos descreve a acção, os ambientes e os personagens, mais parece que estamos no terreno a viver o momento de tão elucidativa a descrição.

Enalteço as investigações e o trabalho de pesquisa que a autora previamente realizou, mas nesse aspecto Victoria Hislop já nos habituou em todos os seus romances.

Da história retira-se uma lição de vida, amizade, partilha, dor, sofrimento, coragem e esperança.

Como já vem sendo hábito, a autora já me acostumou a que sempre que pego num livro dela seja uma grande obra. Mais uma vez a escritora superou as minhas expectativas.

Recomendo sem qualquer reserva.
Muito Bom




Sobre a autora

Victoria Hislop

Victoria Hislop é escritora e jornalista. Escreve artigos sobre viagens para o The Sunday Telegraph, artigos sobre educação para o Daily Telegraph e diversos artigos generalistas para a Woman & Home. Actualmente, vive em Kent com a sua família. Depois de publicar o seu primeiro romance, "A Ilha", Victoria Hislop foi aclamada pela crítica e acarinhada por milhares de leitores.



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