Edição/reimpressão:2015
Páginas: 352
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722356831
Dimensões: 152 x 230 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Tipo de Produto: Livro
Sinopse
Valerá a pena arriscar a vida em troca de dinheiro para salvar alguém que ele afinal nem conhece?
1942. Paris está ocupada pelas tropas alemãs. Lucien Bernard é um talentoso arquiteto, sem trabalho devido à guerra. Acaba de receber uma proposta que lhe pode proporcionar uma avultada quantia em dinheiro ou talvez levá-lo à morte. Tudo o que tem a fazer é projetar um esconderijo secreto para um judeu abastado. Um espaço tão invisível que nem o mais astuto oficial alemão seja capaz de descobrir. Lucien necessita urgentemente de dinheiro, e tentar enganar os Nazis que ocupam a sua cidade é um desafio a que ele se sente incapaz de resistir. Mas apercebe-se do perigo que isso representa.
O Arquiteto de Paris é uma narrativa cheia de ironia, intriga e emoção.
Citações
- «Um herói improvável, muito emoção e um toque de arte… uma combinação de cortar o fôlego até à última página.» |Publishers Weekly
- «Um romance de estreia empolgante cuja ação decorre em Paris durante Segunda Guerra Mundial. Charles Belfoure é já apontado como o novo Ken Follett.» | Booklist
- «Uma história fabulosa que mostra como o ser humano pode ser capaz das maiores atrocidades e de tremendos atos de coragem. Perturbador e fascinante.» | Library Journal
Esta história situa-se durante a Segunda Guerra Mundial, na altura em
que Paris foi ocupada pelas tropas alemãs. Uma história diferente de todas as
que já li, a tensão e o pânico estão sempre presentes em todas as páginas do
livro.
Como já deve ser do vosso conhecimento adoro livros que retratam esta
época, e nunca me canso de ler sobre ela, porque cada autor dá-nos a conhecer novos
e diferentes acontecimentos passados durante esse período.
Charles Belfoure teve de fazer enormes estudos, pesquisas e investigações para nos apresentar certos factos, como a imposição do fuso horário do Reich na
França, como Drancy, Luftwaffe, Wehrmacht entre outros.
A leitura é rápida, fluída e emotiva e prendeu-me da primeira à última
página.
Uma narrativa de intriga, medo, terror, atrocidades, tensão, traição, mortes,
emoção, esperança, coragem e determinação.
A escrita é clara, directa, convincente, pormenorizada e concisa.
As descrições, os locais e a acção bem detalhadas e as personagens
bem construídas e credíveis. O autor fez-me sentir o pavor em cada espaço que
descrevia, fez-me viver a própria época e os horrores que existiam em plena
Paris. As descrições arquitectónicas envolvem todas as áreas de controle e
visualização dos arquitectos, até aqui o autor explorou bem a cidade de Paris.
A história de Lucien Bernard um arquitecto criado por um pai sem sentimentos
nem compaixão pela família. Trabalhou a favor dos nazis planeando fábricas e ao
mesmo tempo contra, construindo esconderijos para judeus. Exerce duas actividades completamente opostas.
Lucien era egocêntrico, mas tinha por hábito ser perfeccionista e
pontual, um orgulho básico de boas maneiras e respeito pelos outros. Tinha
encontro marcado com Monsieur Manet que lhe fez uma proposta de 12.000 francos
(devia ser uma fortuna na altura). A verdade é que Lucien estava falido, mas
significaria que aceitar aquela oferta estaria a dar um passo para a morte. De
que valeria o dinheiro se não o poderia usar. O trabalho oferecido a Lucien era
a construção de um abrigo secreto para alguns judeus.
Como o personagem tem uma mulher e uma amante para sustentar aceita o
trabalho, e atrás deste vêm outros. A partir daqui Lucien encara a actividade
não só pelo dinheiro, mas já com certos sentimentos.
Nota-se uma mudança na
personalidade de Lucien quando lhe é entregue à sua guarda Pierre um menino de doze anos que perdeu a família.
Devido à escassez de bens essenciais, o autor relata-nos o racionamento
que era imposto às pessoas.
Ao longo da história, deparamo-nos com franceses contra franceses, pessoas
inocentes que morreram porque outras eram incitadas a denunciar os judeus
franceses, se não eram eles e as famílias que pagavam com a vida.
As
atrocidades, torturas, descriminações e perseguição que a Gestapo exercia sobre
os judeus eram cruéis e desumanas.
A Resistência Francesa também está em destaque nesta história,
promovendo a sua competência em inúmeros actos de sabotagem contra o
aprovisionamento das forças nazis.
É inacreditável o que a loucura de um homem (Führer) fez ao mundo, mas considero ainda pior todos aqueles que abraçaram a
sua loucura, porque se o povo não o seguisse penso que a Segunda Guerra Mundial
nunca teria acontecido.
Os meus parabéns ao autor que sendo ele arquitecto, se saiu excelentemente
bem na pele de escritor.
Recomendo a leitura deste bestseller a todos os amantes de um Bom romance histórico.
Uma leitura que não deixa ninguém indiferente.
Charles Belfoure é arquiteto de profissão, tendo feito os seus estudos no Pratt Institute e na Columbia University. Lecionou em Pratt e no Goucher College em Baltimore. O seu campo de especialidade é a preservação do património histórico. Publicou vários livros sobre a história da arquitetura, um dos quais foi galardoado pela Graham Foundation pelo contributo prestado à pesquisa na área da Arquitetura. Tem colaborado com os jornais The New York Times e The Baltimore Sun. A obra O Arquiteto de Paris, o seu livro de estreia, foi nomeado para o International Dublin Literary Award em 2015, tendo sido bestseller do New York Times. Vive no estado de Maryland.
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