quarta-feira, 17 de junho de 2015

A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins (opinião)

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 320
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898800541

Dimensões: 150 x 232 x 19 mm

Encadernação: Capa mole
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática:
Livros em Português
Literatura > Policial e Thriller
Poderão ler as primeiras páginas aqui


Sinopse
O êxito de vendas mais rápido de sempre.
O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros.
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia...

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada.

Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.


Ela está enterrada à sombra de uma bétula, ali junto aos velhos carris do comboio, com uma lápide a assinalar o túmulo. Não passa de um montículo de pedras, aliás. Eu não queria atrair atenções para a sua última morada, mas também não a poderia deixar sem lembrança. Há-de descansar em paz ali, sem que alguém a venha perturbar, sem outra companhia além do canto dos pássaros e do troar dos comboios a passarem.”


Antes de começar a escrever a opinião, quero informar que estive quase para desistir de ler o livro.
Perguntam vocês porquê?
Porque bastantes pessoas se manifestaram muito antes do livro sair, e quando o quis comprar já estava saturada de opiniões, umas boas outras menos boas e por aí fora.

Relativamente ao livro, é a história de três mulheres com personalidades e vidas diferentes, com altos e baixos, umas mais sofridas, traumatizadas e perturbadas psicologicamente.

Rachel, Megan e Anna relatam-nos as suas vidas nestas páginas onde se entrelaçam histórias pessoais. Rachel é o elo de ligação entre elas e cabe-lhe a função da descoberta do mistério.

Rachel é uma mulher igual a tantas outras, com defeitos, qualidades, virtudes e sentimentos. Como ela, muitas de nós que utilizamos o comboio como meio de transporte para o trabalho, e do trabalho para casa, deparamo-nos basicamente com a rotina do dia-a-dia. A mesma carruagem, as mesmas pessoas, as mesmas conversas e os mesmos panoramas.

Rachel é uma mulher com problemas que no comboio vai fantasiando os seus filmes. Ela viaja duas vezes por dia na mesma linha, e a viagem faz-se na zona onde ela habitava antigamente. Olhando através da janela ela imagina vidas perfeitas com casais que habitam nas moradias adjacentes à linha. Ela até nome dá aos habitantes. Com uma depressão acentuada ela refugia-se no álcool e tem constantemente perdas de memórias, acredita nas mentiras que vai dizendo e no que vai recordando.

Mas um certo dia Rachel presencia algo que a deixa inquieta, foi uma questão de segundos, mas a imagem que presume ser verdadeira e não querendo guardar segredo, decide contar à polícia.

A partir daqui tudo pode acontecer e o suspense e novos acontecimentos se vão suceder! Depois de entrarmos na viagem, não mais vamos querer sair sem saber o sucedido.

A autora explorou bem a situação do assassinato, quem matou quem e os efeitos do álcool no nosso sistema nervoso, causando dependência, provocando modificações de carácter, sonolência, depressão, desconcentração e até desmaios. 
Mostra-nos que ninguém tem uma vida perfeita, todas as pessoas têm problemas devem é saber lidar com eles. Os personagens muito bem construídos e desenvolvidos, quando pensamos que certo personagem tem a personalidade (X) de repente verificamos que afinal não é (X) mas sim (Y).

As minhas viagens de comboio nunca mais vão ser as mesmas. A minha visão sobre as casas coladas à linha do comboio a partir daqui vai ser completamente diferente. A minha mente como é bastante fértil começa a imaginar o que se passará dentro daquelas paredes. As conversas, os hábitos, os costumes e as atitudes!

A escrita da autora é simples, directa, pausada e atractiva.
A leitura é intensa, contagiante, delirante, envolvente, compulsiva, surpreendente, emocionante, arrepiante, alucinante e empolgante.

Uma história que mexe com os nossos mais sinceros sentimentos. São emoções atrás de emoções, e a autora prendeu-me ao seu enredo da primeira à última página.
É uma viagem carregada de suspense, inseguranças, transtornos, mentiras, mistério, intriga, segredos, opressão, recordações, alegrias, tristezas e fragilidades. 
Estamos perante um thriller psicológico intenso que recomendo sem reservas e, bem dita a hora que lhe peguei.
O final é soberbo e encaixa na perfeição.

Obrigada TopSeller e 20|20 por mais um livro incrível, belíssimo, viciante e intrigante, superou em muito as minhas expectativas.

Não deixem de ler “A Rapariga no Comboio” como eu estava fazendo.
Recomendo sem reservas a autora Paula Hawkins que irei seguir sem dúvida alguma.
Excelente 5*****

Sobre a autora
Paula Hawkins foi jornalista na área financeira durante quinze anos, antes de se dedicar inteiramente à escrita de ficção. Nascida e criada no Zimbabué, mudou-se para Londres em 1989, onde vive atualmente. A Rapariga no Comboio é a sua primeira obra, que imediatamente se tornou um verdadeiro fenómeno mundial, com mais de 2 milhões de livros vendidos em apenas 3 meses e já em processo de adaptação ao cinema pelos estúdios Dreamworks. A Topseller irá publicar a sua próxima obra, que já está a ser escrita, em 2016.







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