terça-feira, 23 de junho de 2015

Efemérides 23 de junho

Anna Akhmátova

Anna Akhmátova (em russo e ucraniano: А́нна Ахма́това, Odessa23 de junho de 1889 — Leningrado5 de março de 1966) é o pseudônimo de Anna Andreevna Gorenko (russo: А́нна Андре́евна Горе́нко; ucraniano: А́нна Андрі́ївна Горе́нко), uma das mais importantes poetas acmeístas russas.
Começou a escrever poesia aos onze anos de idade, mas o pai, um engenheiro naval, temia que Anna viesse a desonrar o nome da família, convencido de estar a adivinhar hábitos decadentes associados à vida artística. Assim, assinou os seus primeiros trabalhos com o primeiro nome da sua bisavó, Tatar.
Apesar do seu pai ter abandonado a família, quando Anna contava apenas dezesseis anos, conseguiu prosseguir os seus estudos. Portanto, não só estudou no liceu feminino de Tsarskoe Selo e no célebre Instituto Smolnyi de São Petersburgo, como também no Liceu Fundukleevskaia de Kiev e numa faculdade de Direito, em 1907.
A obra de Akhmatova compõem-se tanto de pequenos poemas líricos como de grandes poemas, como o Requiem, um grande poema acerca do terror estalinista. Os temas recorrentes são o passar do tempo, as recordações, o destino da mulher criadora e as dificuldades em viver em escrever à sombra do estalinismo.
Os seus pais separaram-se em 1905. Ela casa-se com o poeta Nikolai Gumilevem 1910. O filho deles, nascido em 1912, é o historiador Lev Goumilev.
Akhmatova teve uma longa amizade com a poeta Marina Tsvetaeva, sua compatriota. Estas duas amigas trocaram uma correspondência poética.
Nikolai Gumilev foi executado em 1921 por causa de actividades consideradas anti-soviétes; Akhmatova foi forçada ao silêncio, não podendo a sua poesia ser publicada de 1925 a 1952 (exceptuando de 1940 a 1946). Excluída da vida pública, vivendo de uma irrisória pensão e forçada a ir fazendo traduções de obras de escritores como Victor Hugo eRabindranath Tagore, Akhmatova começou, após a morte de Stálin, em 1953, a ser reabilitada, tendo-lhe sido autorizada uma viagem a Itália para receber o prémio literário Taormina e a Oxford para receber um título honorário, em 1965.
Na generalidade, a sua obra é caracterizada pela aparente simplicidade e naturalidade e pela precisão e clareza da sua escrita.

João de Jesus Paes Loureiro

João Jesus de Paes Loureiro (Abaetetuba23 de junho de 1939) é um escritorpoeta 
professor universitário brasileiro. Professor de Estética, História da Arte e Cultura Amazônica, na Universidade Federal do Pará. Mestre em Teoria da Literatura e Semiótica, PUC/UNICAMP, São Paulo e Doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne, Paris, França.
Possui diversas obras publicadas, como o livro "Cultura Amazônica - Uma Poética do Imaginário", tese de doutoramento na Universidade de Paris V (SorbonneFrança). Parceiro, como poeta, de vários compositores paraenses, tais como Wilson Dias da Fonseca, é autor da inspirada letra da valsa "Rachelina" (1922), escrita em 1996, cujo texto procura retratar, com fidelidade, o espírito da música composta por José Agostinho da Fonseca (1886-1945), em homenagem à pianista santarena Rachel Peluso.

João Silvério Trevisan

João Silvério Trevisan (Ribeirão Bonito23 de junho de 1944) é um escritorjornalista, 
Ex-seminarista, assumiu sua homossexualidade à época da vigência do Ato Institucional nº 5, o que lhe fez mudar-se para a Califórnia, onde acabou se assumindo politicamente.1 Voltando ao Brasil, foi um dos fundadores do grupo Somos na defesa dos direitos dos homossexuais e sua descriminalização na década de 1970. Até setembro de 2005 atuava como diretor da oficina literária do SESC. Assina uma coluna mensal na revista G Magazine.
É irmão do contador Antoninho Trevisan, fundador da BDO Trevisan e presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, ABCC

Nicolau Tolentino de Almeida

Nicolau Tolentino de Almeida (Lisboa10 de Setembro de 1740 - 23 de Junho de1811) foi um poeta português. Pertenceu ao movimento da Nova Arcádia (1790-1794).
Aos vinte anos ingressou em Leis na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas ao invés dos estudos tinha vida boêmia e de poeta. No ano de 1765 tornou-se professor de retórica, numa das cátedras criadas pelo Marquês de Pombal, após a expulsão dos jesuítas.1
Seus versos continham sempre pedidos, pleiteando um cargo na secretaria de estado, até que este foi satisfeito, com a nomeação como oficial de secretaria.1
Foi um professor durante quinze anos, mas esta vida o desagradava. Inadaptado e descontente até conseguir o posto na Secretaria dos Negócios do Reino. Obteve tudo quanto pretendeu, o que não o fez deixar de deplorar uma suposta miséria.
Bom metrificador, compôs sátiras descritivas e caricaturais, sonetos e odes, que reuniu em 1801 num volume chamado Obras Poéticas. Ficou na superficie, mas apreendeu bem os erros e ridículos da época. O seu cômico consistia no agravamento das proporções , hipertrofiando o exagero, que encontrava.
Usavam-se, então, penteados muito altos, daí o haver Tolentino informado que lá se podiam esconder os mais variados objetos: Uma arca, um colchão e até mesmo um homem. Ridiculariza as que se enfeitavam com vistosas cabeleiras, sem melhorar o juízo; as velhas que recorriam à formosura postiça; os vadios e ociosos; os maridos que apanhavam da mulher. Disse mal dos seus professores e até das suas aulas.

Boris Vian

Boris Paul Vian (Ville-d'Avray10 de Março de 1920
— Paris23 de Junho de1959), foi um Polimata 
francês), identificado com o movimento surrealista e ao anarquismo enquanto filosofia política. Hoje em dia é sobretudo lembrado pelos seus romances e canções. O Seu estilo caracterizou-se por ser altamente individual, com numerosas palavras inventadas e enredos surrealistas passados sempre num universo muito próprio do autor. Como exemplo, o seu romance Outono em Pequim não se passa nem no Outono nem em Pequim!
Para além da sua veia literária, Vian foi também um membro muito influente no Jazz francês, servido de elemento de ligação em Paris de Hoagy Carmichael,Duke Ellington e Miles Davis. Escreveu inúmeros artigos para as revistas de Jazz Le Jazz hot e Paris Jaz e até mesmo em revistas norte-americanas da especialidade.
Escreveu muitas canções que alcançaram e continuam a alcançar uma grande notoriedade fazendo hoje parte do património cultural francês como Le DéserteurLa Java des bombes atomiques. Chegou a ter uma banda Jazz formada por si e pelos seus dois irmãos que tocava no famoso clube de Jazz do Quartier Latin Le Tabou. Vian foi o responsável pelo lançamento de vários interpretes da canção Francesa, nomeadamente Serge Reggiani e Juliette Gréco.

Josefina de Beauharnais

Josefina de Beauharnais (nascida Marie Josèphe Rose Tascher de la PagerieMartinica23 de Junho 1763 - Île-de-France29 de Maio 1814) foi Imperatriz da França de 20 de março de 1804 a 10 de janeiro de 1810 como primeira mulher de Napoleão Bonaparte, sendo, portanto, a mulher mais influente da França durante o Primeiro Império.
Com a idade de quinze anos, foi para a França para casar com o Visconde de Beauharnais. Após ter dois filhos com Josephina, Alexandre foi guilhotinado em consequência dos anos de Terror, em meio a Revolução Francesa.
No ano de 1796, viúva e com dois filhos voltou a casar, dessa vez com o General Napoleão Bonaparte, que mais tarde viria a se tornar 1° Imperador dos Franceses. É sabido que Napoleão gostava muito dos seus filhos, ao ponto de os adoptar oficialmente como seus, não permitindo que os chamassem de adoptivos. Tornou-se Imperatriz da França, quando Napoleão se auto coroou na catedral de Notre-Dame, que fora o local para executar essa cerimônia, ocasião em que retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, colocando ele mesmo a coroa na cabeça. Imediatamente depois, o próprio Imperador coroou a sua esposa.
Hortênsia de Beauharnais, filha de Josefina se casou com Luís Bonaparte, irmão de Napoleão e Rei da Holanda(posição que conseguiu graças a Napoleão, tal como sua patente no exercito anos antes). Hortênsia era contra o casamento, e só aceitou sob influência de Josefina, que temia um desentendimento familiar.
Em 1809, o Imperador decidiu divorciar-se dela — Josefina teria ficado estéril, não podendo dar à França um herdeiro —, ocasião em que a imperatriz se retirou para o seu lugar preferido, o castelo de Malmaison. Relatos históricos comprovam que Napoleão desconfiava que sua esposa o traia. Ainda que mandasse cartas desesperadas, sabedor da volúpia de Josefina, a perdoou até descobrir a infertilidade da esposa, Josefina faleceu no ano de 1814 aos 51 anos.
Josefina nasceu em Les Trois-Îlets, uma comuna francesa do território da Martinica, e pôde desde cedo testemunhar a prosperidade econômica das fazendas de cana-de-açúcar de sua família. Entretanto um série de furacões pôs fim aos negócios de seu pai em 1766.
Sua tia, Edmée era amante de François de Beauharnais, um aristocrata francês. A saúde de François, porém, deteriorou-se e Edmée propôs o casamento de sua outra sobrinha, Catherine-Désirée, com Alexandre de Beauharnais, filho de François. O casamento era apenas uma forma de Edmée herdar os bens financeiros de seu amante e erguer sua família, que há anos estava na miséria. Apesar das expectativas Catherine morreu em 1777, antes de viajar a França e teve de ser substituída por sua irmã mais velha, Josefina.
Em 1779, Josefina mudou-se para a França com o seu pai e desposou Alexandre em 13 de Dezembro de 1779 numa cerimônia privada nas redondezas de Noisy-le-Grand. O casamento não foi próspero, mas rendeu-lhes dois filhos: Eugênio e Hortênsia de Beauharnais. Seu casamento chegou ao fim em 1794, quando seu marido foi preso pelo Comitê de Salvação Pública.
Considerando que Josefina também era muito influente nos círculos da burguesia parisiense, o comitê ordenou sua prisão. Seu marido foi sentenciado a morte e morreu na guilhotina da Praça da Revolução. Josefina foi liberada alguns dias depois do ocorrido durante a queda do chamado Reino do Terror.

Romance e casamento com Napoleão


A então viúva Josefina passou a relacionar-se com várias figuras da política francesa e em 1795 conheceu o General Napoleão Bonaparte, tornando-se o grande amor de sua vida. Vários políticos da época influenciaram a união dos dois.
Josefina logo caiu nas graças da burguesia e foi bem recebida nas cerimônias em que acompanhou Napoleão. A futura imperatriz foi descrita como um verdadeira dama, sendo de "estatura mediana, cabelos sedosos, olhos castanhos e boca pequena". Foi elogiada por sua elegância, estilo e voz.
Em Janeiro de 1796, Napoleão, seguindo o conselho dos amigos, pediu sua mão em casamento e a cerimônia foi realizada em 9 de março do mesmo ano. Até o casamento, Napoleão a conhecia como Rose, mas optou por chamá-la de Joséphine.
Dois dias após o casamento, Napoleão dirigiu-se a Itália para liderar o exército francês, mas ela aparentemente manteve-se fiel ao marido e enviou-lhe muitas cartas amorosas. Entretanto, Josefina teve um caso com o tenente hussardo Hippolyte Charles. Os rumores acerca dos encontros secretos de Josefina chegaram aos ouvidos de Napoleão. Durante a Campanha do Egito em 1798, Napoleão contraiu um romance com Pauline Bellisle Foures - esposa de um oficial subalterno - que ficou conhecida como "A Cleópatra de Napoleão". Após o caso, acredita-se que Josefina não tenha tido nenhum outro amante, mas Napoleão continuou a se encontrar com outras mulheres.

Efemérides/23 de junho



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