quarta-feira, 10 de junho de 2015

Efemérides 10 de junho

Saul Bellow

Prémio Nobel da Literatura 1976
Saul Bellow (LachineMontreal10 de junho de 1915
— Brookline5 de abril de 2005) foi um escritor judeu nascido no Canadá e naturalizado cidadão estadunidense.
Recebeu o Nobel de Literatura de 1976. Premiado com o Guggenheim fellowship e a Medalha Nacional de Artes , viveu em Paris, onde escreveu The Adventures of Augie March.


Luís de Camões

Luís Vaz de Camões (Lisboa[?], ca.1524 — Lisboa10 de Junho de 1580) foi um poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.
Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de D. João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se auto exilou em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei D. Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.
Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cómico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.

Antônio Carlos Secchin

Antonio Carlos Secchin (Rio de Janeiro10 de junho de 1952) é um poeta,ensaísta e crítico literário brasileiro.
É membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em 3 de junho de 2004. Doutor em letras, é professor titular de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1993. Ganhador de diversos prêmios literários, organizador de antologias como as de João Cabral de Melo Neto,Cecília Meireles (edição do centenário), Mário Pederneiras, dentre outros.
Começou a ganhar destaque como crítico literário ao escrever o livro João Cabral: A poesia do menos, vencedor de dois prêmios importantes: o do Instituto Nacional do Livro (MEC) e o Sílvio Romero (ABL). Mais importante do que os prêmios recebidos, o parecer do próprio João Cabral de Melo Neto define a grandeza do crítico Secchin: "Entre todos os professores, pesquisadores e críticos que já se debruçaram sobre minha obra, destaco Antonio Carlos Secchin. Foi quem melhor analisou os desdobramentos daquilo que pude realizar como poeta" (Entrevista concedida a Ricardo Vieira Lima, em 1991).
Além do estudo sobre João Cabral, publicou os livros A ilha (1971), Ária de estação (1973), Movimento (1976), Elementos(1983), Diga-se de passagem (1988), Poesia e desordem (1996), Todos os ventos (2002), Escritos sobre poesia e alguma ficção (2003), Guia de sebos (2003, 4ª edição), 50 poemas escolhidos pelo autor (2006), Memórias de um leitor de poesia(2010).
Como organizador, foi o responsável pela edição das poesias completas de Cecília Meirelles, por ocasião do centenário da escritora e, mais que isso, a sua experiência em garimpar tesouros literários, trouxe a público o primeiro livro de poesia publicado por Cecília e que estava desaparecido: “Espectros”. Em 2009, encontrou outra raridade: poemas inéditos de Carlos Drummond de Andrade, acompanhados de manuscritos com comentários do poeta, trazendo aos leitores fontes importantes sobre o autor.
Seu trabalho crítico, por sua vez, ao se debruçar nas obras de autores como: Álvares de Azevedo, Cruz e Sousa, Cecília, Drummond, Quintana, João Cabral, Ferreira Gullar ou de ficcionistas como Machado de Assis ou cronistas como Rubem Braga, sempre nos oferece uma visão inovadora dos autores, com sua análise precisa e sua refinada capacidade interpretativa.
Afora esta intensa atividade no mundo das letras, é também um exímio colecionador de livros, especialmente os raros, sendo um dos principais bibliófilos do país. A paixão pelos livros fez dele um freqüentador assíduo e grande conhecedor dos sebos, o que lhe proporcionou a publicação do “Guia de sebos”. Lançado em 2003, logo atingiu a lista dos mais vendidos, se tornando uma publicação de utilidade pública, um guia essencial aos admiradores e colecionadores de livros.
Sua faceta poética ganhou destaque com a publicação de Todos os ventos, que recebeu em 2002 o prêmio da Academia Brasileira de Letras. No livro, o poeta revela sua capacidade de criar, mesclando o rigor estético à criatividade poética. O crítico abre espaço para o poeta, que reflete sobre o ato criativo: "Uma escrita / é uma escuta / feita voz/ mar de mármore/ ou de papel/ lançado a esmo...".
O poeta devora suas próprias metáforas, como num ritual autofágico, ao optar por um hermetismo que transborda em versos de expressões dúbias e sentidos infindos que podem conter o nada e o tudo, o sim ou o não, o excesso ou a falta, a realização ou a eterna luta contra “o gozo zero” ou a solidão. No entanto, nada na poética secchiniana se converte em afirmação categórica. O mesmo “eu” que não se pode dar em espetáculo é também o “outro”, que se põe como espectador - ora distanciado, ora envolvido - que ri de si mesmo. Neste segundo ato do poeta, ele oferece ao leitor, pelas vias do riso, uma reaproximação do palco, um retorno à cena onde acontece o desvelamento do eu-lírico.
Na poética de Antonio Carlos Secchin, como nos versos de Rimbaud, o leitor descobre que je et um autre, já que o “mostrar-se” do poeta pode ser também uma nova estratégia de velar-se atrás de nova máscara. A sua verdadeira face aparece em meio à multiplicidade de outros disfarces, mas como distingui-la?
As várias vozes do crítico, do poeta,do professor, enfim, do homem das letras, se reúnem em "Todos os ventos", mostrando a confluência das várias pessoas que vivem em Antonio Carlos Secchin.

Anderson Herzer

Anderson Herzernome social de Sandra Mara Herzer (Rolândia, 1962 — São Paulo10 de agosto de 1982) foi um escritor e poeta transexual brasileiro. Ex-interno da FEBEM, teve a vida e versos publicados no livro "A queda para o alto" (Editora Vozes, com a aprovação explícita de Leonardo Boff, et al.). O conteúdo serviu de inspiração para o filme Vera.
Herzer tinha ainda quatro anos quando seu pai foi assassinado. Sua mãe, prostituída, não lhe serviu de referência positiva, deixando-o também órfão ainda na primeira infância. Em conflito com sua identidade de gênero, primeiramente se revelariahomossexual, mas depois se afirmaria como transexual. Logo cedo, segundo indicações de registros escolares, envolveu-se em brigas na escola e também passou a consumir álcool. Subseqüentemente, viciou-se em drogas recreativas, o que o fez entrar para a antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (FEBEM) – onde adotou o nome social de masculino "Anderson Bigode Herzer", aos 14 anos. Lá ficou como interno até os 17, quando o deputado estadual Eduardo Suplicy sensibilizado com seus poemas e sua história, atuando como seu protégé, lhe deu uma oportunidade de trabalho em seu gabinete e uma vida livre, fora dos muros da instituição.
Entretanto, ainda sofrendo profundos traumas, apesar do auxílio recebido, Herzer se suicidaria, atirando-se do Viaduto 23 de Maio, localizado no centro da cidade de São Paulo, vindo a óbito em conseqüência de ferimentos graves, mesmo após ter recebido os primeiros socorros ainda em vida.

Pierre Loti

Pierre Loti (Rochefort, 14 de janeiro de 1850 — Hendaye, 10 de junho de 1923) foi um escritor e oficial da Marinha francês. O seu nome de batismo era Louis Marie Julien Viaud. Foi sepultado na Ilha de Oléron com um funeral com honras de estado. A sua casa em Rochefort foi transformada num museu.
Uma grande parte da sua obra literária de Loti é autobiográfica e os seusromances foram inspirados nas suas viagens de marinheiro, como por exemplo ao Taiti para Le Mariage de Loti (Rarahu), de 1882, ao Senegal para Roman d’un spahi, de 1881, ou ao Japão para Madame Chrysanthème (1887). Durante toda a sua vida foi fortemente atraído pela Turquia, onde o fascinava sobretudo a importância dada à sensualidade, principalmente à sensualidade feminina, algo que é ilustrado notavelmente no seu primeiro romance, Aziyadé, de 1879, e na sua sequela de 1892 Fantôme d’Orient.
Pierre Loti explorou igualmente o exotismo regional em algumas das suas obras mais conhecidas, como a Bretanha em Mon frère Yves (1883) ou Pêcheur d'Islande (1886), e o País Basco em Ramuntcho (1897).

Efemérides/10 de junho


Sem comentários:

Enviar um comentário