segunda-feira, 15 de junho de 2015

O Manual da Felicidade de João Negreiros

O Manual da Felicidade



Sinopse

Faz o Sol por ti antes que arda.
Faz a chuva por ti antes que chores.
Faz a Lua por ti antes do dia.
Faz um sonho por ti antes do pequeno-almoço.
Faz um filho por ti com alguém.
Faz um negócio por ti por dinheiro.
Faz um vestido, não por ti, mas pelo teu corpo.
Faz um caminho por ti antes que te doam as pernas pela falta de uso.
Faz um festival da canção, afasta a mesa da sala, usa uma escova como microfone, faz as canções todas do mundo por ti e as brilhantinas todas do mundo por ti.
Faz uma corrida por alguém e corta por ti a meta.
Corta por ti uma laranja e sorve o sumo por uma pessoa só se tiveres muita sede.
Faz por ti um facho… e alumia quem te segue.
Faz por ti com rigor mesmo rodeado de indolentes.
Faz por ti com calma mesmo assolado por patrões.
Faz por ti a coragem e serás assustador sempre que for preciso.
Faz por ti a sabedoria e saberás sempre que estiveres calado.
Não faças pouco de ti.
Não faças pouco dos outros.
Faz por ti como o dia quando acordas.

Sobre o autor

João Negreiros

João Negreiros nasceu em Matosinhos a 23 de Novembro de 1976.
Muito novo, escrevia já teatro, poesia e prosa poética.
Em 2009, o escritor foi o primeiro classificado no Prémio Internacional OFF FLIP de Literatura, categoria poesia, no Brasil. Em Portugal, entre outros prémios, João Negreiros venceu o Prémio de Poesia Nuno Júdice, cujo júri comparou a sua poesia à de Fernando Pessoa. Mais recentemente, venceu o Prémio Literário Dias de Melo com o seu primeiro romance, “O Sol Morreu Aqui”, considerado pelos membros do júri um marco importante na literatura portuguesa.

No âmbito da poesia, publicou quatro livros: “o cheiro da sombra das flores”, “luto lento”, “a verdade dói e pode estar errada” e “o amor és tu”. Na área do teatro, a sua obra foi crescendo, tendo hoje quatro peças editadas, “Silêncio”, “Os Vendilhões do Templo”, “O segundo do fim” e “Os de sempre”. Relativamente a prosa, o primeiro livro do autor a ser editado foi “O mar que a gente faz”.

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